Música

Lançamentos nacionais: Abacaxepa, Lô Borges, JEREMAIA

Os riscos de um romance, um trabalho de parceria, macumbas, assassinos e solidão são destaques nos lançamentos de Abacaxepa, Lô Borges e JEREMAIA

abacaxepa
Foto: Divulgação

Um romance que testa a zona de conforto, testa os riscos e as certezas, não necessariamente numa relação entre duas pessoas. Essa é a temática de “Piracema”, novo single do Abacaxepa.

O nome da canção veio do período de reprodução dos peixes, onde eles se deslocam até locais mais seguros para poderem desovar, e muitas vezes esse deslocamento os leva a ter que atravessar correntezas e arriscar as próprias vidas em função disso.

Aline Belfort, diretora do clipe do Abacaxepa, explica que o trabalho é sobre se deixar levar pela correnteza, sem saber necessariamente onde isso pode culminar. “Não só como uma metáfora fantástica mas também como uma metáfora pra vida, de não tentar trancar os impulsos, não tentar fechar o rumo dos rios, para água continuar tendo para onde fluir”, completa.

Lô Borges

Lançamentos nacionais: Abacaxepa, Lô Borges, JEREMAIA
Foto: João Diniz / Divulgação

Em parceria com Nelson Angelo, Lô Borges lança o álbum Rio da Lua. O registro chega oito anos após Horizonte Vertical, trabalho mais recente do mineiro.

Diferente do que está acostumado a fazer, dessa vez o artista musicou letras (ao invés do processo inverso). Para ele, isso deixou o álbum simples, artesanal e com ares contemporâneos.

Foi a primeira vez em que compus com Nelson Angelo e também foi a primeira vez que musiquei letras. Outro aspecto inovador é que tudo foi feito através de troca dinâmica de mensagens digitais com o Nelson.

Conceitualmente, a obra é um disco rumo ao desconhecido, segundo Lô. Todas as novidades que o trabalho tem dão a ele um aspecto de urgência e modernidade.

JEREMAIA

Lançamentos nacionais: Abacaxepa, Lô Borges, JEREMAIA
Foto: Reprodução / Facebook

Enquanto o excelente Aldo, the Band não lança um novo disco, André Maia liberou o disco de seu novo projeto JEREMAIA.

Inspirado pela literatura de Dalton Trevisan e Rubem Fonseca, o trabalho retrata temas como macumbas, viadutos, acidentes de moto, assassinos e solidão. De acordo com o artista, o projeto surgiu em busca de algo mais cru e direto, sem tanto romantismo, poesia ou introspecção.

O que começou como um projeto punk,  acabou se transformando e foi dando lugar a alguns experimentalismos com samplers, theremins, synths e texturas de diferentes guitarras.