Quando um artista busca trabalhar sonoridades que não cabem em suas bandas, ou simplesmente quando encontra outros músicos que compartilham de ideias diferenciadas de seus trabalhos oficiais, são formados então os projetos paralelos.
Acontecendo simultaneamente com as suas bandas principais, esses projetos as vezes tomam proporções tão grandes quanto (e por vezes, até maiores) que aqueles que o antecederam.
Esse foi inclusive, o assunto do episódio #41 do Podcast TMDQA!, que você pode conferir clicando no player ao final desta matéria, ou procurar por nós no Spotify, Apple Podcasts ou seu agregador preferido. Siga-nos também no Instagram ou Facebook.
Para introduzirmos você nesse assunto, lhe apresentaremos agora 5 desses projetos que se tornaram tão importantes para esses artistas quanto suas bandas.
The Raconteurs
Buscando fazer um som mais abrangente do que vinha tendo no formato reduzido do White Stripes, Jack White convida Brendan Benson e os então membros do The Greenhornes, Jack Lawrence e Patrick Keeler para, em 2005, formar o The Raconteurs.
Logo no ano seguinte, o primeiro álbum da banda, Broken Boy Soldier é lançado, trazendo diversas influências do rock setentista, como The Who, Black Sabbath e Led Zeppelin.
Já no segundo álbum, Consolers Of The Lonely, o projeto vai para um lado mais voltado para o folk rock, trazendo ótimas canções como “Old Enough”, “Many Shades of Black” e “Carolina Drama”.
E no ano passado, 10 anos depois do último lançamento, a banda trouxe novidades aos fãs com o compacto “Sunday Driver/Now That You’re Gone” e nesse ano de 2019 liberou mais dois singles que farão parte do terceiro álbum da banda, com previsão de lançamento para o segundo semestre.
The Good, The Bad & The Queen
Mais um entre os tantos projetos paralelos de Damon Albarn (Blur, Gorillaz), The Good, The Bad & The Queen é um supergrupo formado por ele, seu constante parceiro Simon Tong (que também é ex-The Verve), o ex-baixista do The Clash, Paul Simonon e o baterista do grande músico nigeriano Fela Kuti, Tony Allen.
Formada em 2006, a banda tem seu primeiro álbum homônimo com um tema ambientado na cidade de Londres lançado em 2007 e traz um som muito particular devida suas várias influências.
Também depois de muito tempo, o The Good retornou no ano passado com seu segundo álbum de estúdio, Merrie Land, que traz em sua temática o cenário político da Inglaterra pós-brexit.
Post Pop Depression
Com as turnês dos álbuns AM e …Like Clockwork demonstrando o auge de suas respectivas bandas, Matt Helders (Arctic Monkeys), Josh Homme e Dean Fertita (ambos do Queens of the Stone Age) resolvem se unir com ninguém menos que o icônico Iggy Pop para a produção de seu 17º de estúdio, Post Pop Depression.
Apesar de ser considerado um álbum solo de Iggy, por envolver membros de outras duas bandas de grande sucesso, e esses membros terem feito a turnê do álbum juntamente dele, achamos válido incluí-lo nessa lista.
E se você conhece esse discaço (!), sabe que vale a pena essa soma. Lançado em 2016, o álbum traz as influências dos músicos mais jovens para modernizar a sonoridade de Iggy Pop, que com sua voz única nos brinda com belas canções como “Break Into Your Heart”, “Gardenia” e “Sunday”.
Foxboro Hot Tubs
Nem sempre os projetos paralelos significam que um membro queira fazer algo que não seja com os membros de sua banda original, e o Foxboro Hot Tubs é um exemplo disso.
Contando com todos os membros do Green Day, esse projeto se afasta um pouco da sonoridade punk rock que esses caras construíram durante suas carreiras e, juntamente de Jason White, Jason Freese e Kevin Preston, o Foxboro traz uma sonoridade mais voltada ao rock dos anos 60 e algumas pitadas de indie-rock.
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O único disco da banda é o Stop Drop and Roll!!! de 2008, e conta com boas músicas como “Mother Mary” e a faixa título do álbum.
Tribalistas
Se tem um projeto paralelo que tomou proporções maiores do que as carreiras oficiais de seus integrantes, ele se chama Tribalistas.
Formado pelos já consagrados nomes da música brasileira Arnaldo Antunes, Marisa Monte e Carlinhos Brown, esse supergrupo atingiu recordes de venda com mais de 3,7 milhões de cópias, através de seu álbum homônimo de 2002, que ainda rendeu para eles o Grammy Latino de 2003.
Em 2017, a banda voltou a se reunir para a produção de um segundo álbum, também homônimo, que rendeu uma turnê de proporções gigantescas pelo país, lotando estádios e resultando em um terceiro álbum, esse ao vivo, com registro de diversos shows realizados.