Andre Matos, ícone do Heavy Metal que nos deixou cedo demais aos 47 anos de idade, foi um dos fundadores da influente banda Angra.
O grupo brasileiro tornou-se um dos mais celebrados do estilo, mas em 1999 seus integrantes passaram a se desentender com o seu empresário e, basicamente, houve um racha: enquanto Rafael Bittencourt e Kiko Loureiro chamaram novos integrantes para continuar o trabalho do Angra em 2001, de outro lado Andre Matos, Luis Mariutti e Ricardo Confessori saíram e fundaram o Shaman.
Após a morte de Andre no último dia 08 de Junho, diversos materiais a seu respeito têm vindo à tona e o vídeo que você pode ver logo abaixo é um depoimento do músico para o programa Fúria MTV, especial da saudosa MTV Brasil sobre Heavy Metal, onde o cantor explica por que deixou o Angra.
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Andre Matos, Angra e a Indústria da Música
Entre outras coisas, Andre diz que o principal problema foi “empresarial”, já que houve pensamentos distintos quanto ao modo como o empresário estava tomando decisões pela banda.
Segundo Matos, ele preferiu sair do que brigar na justiça contra ele, principalmente porque o empresário era dono do nome, e uma passagem chama bastante a atenção quando ele diz:
Eu sou músico. Eu nasci músico e vou morrer músico. E mesmo que eu esteja perdendo dinheiro agora tomando essa decisão, eu estou muito feliz porque finalmente eu me libertei de uma coisa que é o lado negro da indústria fonográfica.
O comentário veio após ele dizer que o profissionalismo no Angra veio da maneira errada, “não visando a melhoria da qualidade musical ou o espetáculo em si, o disco, mas sim o ganho em si, quanto mais gente você pode colocar em um lugar com um custo menor pra você”.
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