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Baroness promove catarse em show imersivo e grandioso em São Paulo

Em uma casa de show pequena e lotada, o Baroness finalmente abraçou seus fãs brasileiros - fisicamente e emocionalmente. Leia a resenha com fotos!

Baroness em SP
Foto por Stephanie Hahne

O Baroness finalmente veio ao Brasil e é seguro dizer que poucas esperas valeram tanto a pena como esta.

No último domingo (23), a banda americana de Metal que já tem 16 anos de estrada se apresentou em São Paulo, em um Fabrique Club lotado. O tamanho da casa, porém, não é proporcional à grandiosidade da banda e aos gritos de seus fãs. Já explico.

O grupo responsável pela abertura da noite foi o mineiro Carahter, com seu Heavy Metal que agradou a plateia já presente. No palco, a banda mostrou energia de sobra, expressando também a todo momento sua gratidão por estar ali.

Em 2002, o grupo lançava seu disco de estreia, para interromper as atividades em 2005. O hiato, ao que tudo indica, serviu para amadurecer ainda mais os membros, que lançaram em 2017 o disco Turvo. Ao fim da apresentação, a banda foi ovacionada — merecidamente.

Logo em seguida veio o Baroness. E que entrada.

Foto por Stephanie Hahne

Chegando ao palco sem muita cerimônia, a banda composta por John Baizley, Gina Gleason, Nick Jost e Sebastian Thomson já entendeu ali que demorou demais para vir ao país, mas chegou na hora certa. Os gritos e o coro de “Baroness, Baroness!” eram ensurdecedores e, entre muitos sorrisos, o grupo já começou com a paulada “A Horse Called Golgotha”, do Blue Record (2009).

A partir daí foi só tiro, porrada e bomba, com o público cantando todas as letras a plenos pulmões e até os riffs, quando possível. O frontman John chegou até a dizer que estava impressionado, já que a plateia cantava até as músicas de Gold & Grey, lançado no dia 14 deste mês.

A animação dos membros era visível de longe, especialmente da incrível guitarrista Gina — ela pulava, batia cabeça e interagia com a galera da grade a todo momento. Apenas mostrando mais uma vez sua força bruta, literalmente, durante “Seasons”, do novo disco, tanto Gina quanto Baizley arrebentaram cordas de suas guitarras e se divertiram com o acontecimento.

O momento de maior catarse, talvez, tenha sido durante “Eula”, belíssima faixa de Yellow & Green (2012). Foi lágrima e cantoria pra tudo quanto é lado.

O show terminou com a tríade “Ogeechee Hymnal”, “Isak” e “Take My Bones Away”, mais uma vez ao som de gritos ensurdecedores.

Quem acompanhava vídeos da banda ao vivo já sabia, mas foi impressionante ver pessoalmente a competência técnica (e emocional, também) do grupo, além da sintonia entre os membros. O Baroness é um dos poucos casos de bandas que soam muito superiores ao vivo do que em seus discos — que já são absurdamente ótimos –, e presenciar um show deste é com certeza uma experiência difícil de superar e esquecer.

Que voltem mais vezes!

Fotos e setlist – Baroness em São Paulo

  1. A Horse Called Golgotha
  2. Morningstar
  3. March to the Sea
  4. Borderlines
  5. Green Theme
  6. I’m Already Gone
  7. Tourniquet
  8. Shock Me
  9. Eula
  10. Chlorine & Wine
  11. Can Oscura
  12. Seasons
  13. The Gnashing
  14. Ogeechee Hymnal
  15. Isak
  16. Take My Bones Away