Fall Out Boy: um ranking do pior ao melhor disco

Ranqueamos todos os sete discos do Fall Out Boy, grupo norte-americano que desfrutou das mais diferentes sonoridades em seus mais de 16 anos de estrada.

Discografia do Fall Out Boy

Bandas de pop punk pipocaram na cena musical ao longo dos anos 2000, mesmo que o estilo tenha decaído em termos de popularidade. Já não era muito comum bandas do estilo encabeçarem festivais, tirando grupos grandes como Green Day e Blink-182. Mesmo assim, muitas bandas surgiram na época com a proposta de aquecer o gênero, como The Academy Is…, The Story So Far e All Time Low.

Um dos grupos que conseguiu maior destaque nessa leva, inclusive chegando a conquistar o topo da Billboard 200 várias vezes, foi o Fall Out Boy. Com os vocais de Patrick Stump, o carisma de Pete Wentz (baixo) e o apoio instrumental de Joe Trohman (guitarra) e Andy Hurley (bateria), a banda mantém a mesma formação desde o ano de 2003.

Mas, assim como tudo exposto ao tempo, a banda está submetida a mudanças. Presenciamos, nesses mais de 15 anos de Fall Out Boy, mudanças em termos musicais, que afastaram alguns fãs e aproximaram outros. Uma coisa, no entanto, foi mantida nesse tempo todo: os criativos (e às vezes longos) nomes de músicas.

Ranqueamos todos os sete álbuns da banda lançados até então, do pior ao melhor. Confira abaixo:

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MANIA (2018)

Capa de "MANIA" (Fall Out Boy)

A sonoridade da banda já estava longe de ser a mesma há alguns anos quando ela lançou o single “Young And Menace“. Na época, muitos ficaram com o pé atrás, e o motivo foi a estética sonora usada pela banda. Apesar de ter incorporado cada vez mais elementos pop ao longo dos anos, a nova música apresentava elementos até então nunca vistos pelos fãs de F.O.B., como o dubstep.

A canção marcou o início da divulgação do material de MANIA, sétimo e mais recente álbum de estúdio do grupo. Com o lançamento, o novo direcionamento da banda ficou ainda mais claro, envolto por beats eletrônicos e sintetizadores.

Aos olhos da crítica, o álbum foi considerado de mediano para ruim. Mesmo assim, ele estreou no topo da Billboard 200 e teve indicação ao Grammy de Melhor Álbum de Rock.

Trata-se de um trabalho arriscado, mas uma forma de mostrar as várias influências que permeiam a evolução da banda. Destaque para as faixas “HOLD ME TIGHT OR DON’T“, “Wilson (Expensive Mistakes)” e “Heaven’s Gate“.

 

Save Rock And Roll (2013)

Capa de "Save Rock And Roll" (Fall Out Boy)

Save Rock and Roll não é um álbum ruim, mas é um divisor de águas entre os fãs. Para alguns, foi o ponto onde o Fall Out Boy deixou o pop sobressair ao punk, enquanto outros o consideram um caminho natural que outras bandas também seguiram na época.

A entrada de “The Phoenix” já mostra a tentativa da banda em conciliar elementos mais pop com a energia vocal de Stump. Isso se desenvolve ao longo do disco, até o final, onde suplicam pela salvação do rock n’ roll junto a Elton John.

Para entender melhor a proposta do disco, ouça “My Songs Know What You Did In The Dark (Light Em Up)“, “Where Did The Party Go” e “Young Volcanoes“.

 

American Beauty/American Psycho (2015)

Capa de "American Beauty/American Psycho" (Fall Out Boy)

Para os fãs “raiz”, American Beauty/American Psycho está longe de ser o melhor álbum da banda. Em termos mainstream, no entanto, é um dos mais aclamados.

Desenvolvendo mais a sonoridade explorada em Save Rock And Roll antes do exagero de referências proposto em MANIA, o álbum mostra que a banda entendeu o seu lugar no mundo do pop rock. AB/AP também levou a banda para o topo da Billboard 200.

Os singles, em um geral, conseguiram um bom desempenho em paradas musicais e foram bem aproveitados (“Irresistible“, a faixa de abertura, ganhou uma ótima versão com participação de Demi Lovato). Outros destaques vão para as faixas “Uma Thurman“, “Centuries” e “Fourth of July“.

 

Folie à Deux (2008)

Capa de "Folie à Deux" (Fall Out Boy)

A banda não se deixou respirar e, logo após Infinity On High, voltou para o estúdio para gravar o quarto álbum Folie à Deux. Mas agora ficou ainda mais evidente o afastamento do grupo de sua sonoridade original.

Comercialmente, Folie à Deux não se saiu tão bem quanto o álbum anterior, mas foi um dos álbuns que melhor desenvolveu o lado pop do grupo. Contou com a ilustre participação de Brendon Urie (do Panic! At The Disco, em “20 Dollar Nose Bleed“) e uma inusitada parceria com Lil Wayne (em “Tiffany Blews“).

Destaques? Ouça “She’s My Winona“, “What A Catch, Donnie” e, é claro, a explosiva “I Don’t Care“.

 

Infinity On High (2007)

Capa de "Infinity On High" (Fall Out Boy)

Em seu terceiro álbum, o Fall Out Boy começou as experimentações musicais que fizeram com que seu som se desenvolvesse cada vez mais. Infinity On High conta com tímidos elementos de soul, R&B e até flamenco, com direito ao uso de violinos, pianos e instrumentos de sopro nas gravações.

Foi o primeiro disco da banda a conseguir o topo da Billboard 200. A crítica, no geral, aprovou o álbum. Foi uma curva ascendente para o F.O.B., que se mostrava uma banda cada vez mais inventiva.

Ao ouvirmos Infinity On High, vamos desde a voz de Jay-Z se encaixou bem na introdução da faixa “Thriller“, até Pete Wentz mandando death growl em “The Carpal Tunnel of Love“. E a melhor parte é que não deixa de ser um álbum de pop punk.

Vale destacar as ótimas ““The Take Over, The Breaks Over”“, “This Ain’t A Scene, It’s An Arms Race” e “Thnks fr th Mmrs“.

 

Take This to Your Grave (2003)

Capa de "Take This To Your Grave" (Fall Out Boy)

Take This to Your Grave é a ótima estreia do Fall Out Boy. Eles foram apresentados ao mundo como uma banda com a essência do pop punk e alcançaram uma visibilidade tremenda por conta disso. Músicas frenéticas com acordes punk e letras pegajosas tornavam a bandas agradável até para as rádios.

Os comuns temas da juventude, como diversão e relacionamentos, ajudaram a banda a encontrar logo o seu público, por mais clichês que tais assuntos fossem. Ainda em seu início, foi também a hora de Stump e Wentz se encontrarem como ótimos letristas.

Destaques? Vale dar ênfase em músicas como “Chicago Is so Two Years Ago“, “Grenade Jumper” e a consagrada “Grand Theft Autumn / Where Is Your Boy“.

 

From Under The Cork Tree (2005)

Capa de "From Under The Cork Tree" (Fall Out Boy)

A temida “crise do segundo álbum” é o pesadelo de qualquer artista após um bem sucedido álbum de estreia. Mas o Fall Out Boy escapou disso graças ao ótimo From Under The Cork Tree, lançado em 2005.

Neste lançamento, a banda aprimorou o que apresentou em Take This e soube desenvolver um som ainda mais encorpado. Ao mesmo tempo, eles encontraram uma brecha para entregar faixas que colariam com facilidade no mainstream, como os singles “Dance, Dance” e “Sugar, We’re Goin Down“.

Mas é claro que, por ser um álbum excelente, não vale a pena nos prendermos apenas às mais populares. Vale destacar também (respire fundo) “Champagne For My Real Friends, Real Pain For My Sham Friends“, “I Slept With Someone In Fall Out Boy And All I Got Was This Stupid Song Written About Me” e “XO“, que representam o ápice da fase mais punk da banda.