Foi nessa quarta-feira (02) quente de São Paulo que a ficha finalmente caiu: o Slayer está indo embora.
A notícia veio ainda no começo deste ano, quando o grupo liderado pelo vocalista e baixista Tom Araya revelou que vai se despedir dos palcos. A vez de dar adeus aos fãs paulistas chegou após uma longa turnê que a banda vem fazendo ao redor do mundo, passando pela última vez por lugares onde fez história diversas vezes no passado.
Com um Espaço das Américas completamente lotado — os ingressos estavam esgotados –, quem deu o pontapé inicial na festa de despedida foi o Claustrofobia. A banda paulistana de death e thrash metal formada em 1994 entrou no palco ao som de um baita samba, que foi ganhando força até se misturar com suas guitarras. Mesmo com um setlist curto, de apenas oito músicas, o grupo esquentou mais ainda os fãs ansiosos, que bateram cabeça e berraram a todo momento.
No setlist da banda estava a nova “Vira Lata”, lançada a poucos dias e que dá o tom da atual turnê, Cachorro Louco. Com o vocal enérgico de Marcus D’angelo, o Claustrofobia mostrou que o thrash metal no Brasil está muito bem representado, obrigado.
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Assim que os brasileiros saíram de cena, um pano gigante e preto tomou conta do palco no Espaço das Américas. Estava ali o sinal de que a última festa comandada pelo Slayer em São Paulo estava prestes a começar, e pela quantidade de fãs espremidos na grade do local, percebia-se que ninguém queria perder nem um minuto.
O pano caiu e Tom Araya, Gary Holt (guitarra), Kerry King (guitarra) e Paul Bostaph (bateria) chegaram. Abrindo com a poderosa “Repentless”, canção do disco de mesmo nome lançado em 2015, o Slayer dava início a uma apresentação que misturou energia, peso, nostalgia e até uma certa tristeza — a banda é mais do que competente no que faz, comanda um espetáculo inesquecível e é até difícil absorver que não os veremos mais nos palcos.
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Emoções à parte, o show seguiu com faixas como “Evil Has No Boundaries”, “World Painted Blood”, “Postmortem”, “Mandatory Suicide” e muito mais, com os fãs batendo cabeça e berrando todas elas ao mesmo tempo.
Como te contamos por aqui, a produtora responsável pelo show anunciou em comunicado que mosh pits e crowd surfing estavam proibidos. Enquanto o segundo realmente não aconteceu, as rodas foram inevitáveis e estavam ali, presentes em quase todas as músicas. Afinal, qual fã iria querer perder a oportunidade de moshar uma última vez ao som do Slayer ao vivo?
E foi exatamente essa a energia que permeou todo o show — finalizado com músicas como “Raining Blood”, “Dead Skin Mask” e “Angel of Death”. Mosh, bate cabeça, clássicos cantados a plenos pulmões. O Slayer deixou claro que sua marca no Metal é eterna, e ainda reforçou que fará falta para o gênero.
Vida longa ao legado! Confira os setlists das duas bandas logo abaixo, além de galerias com fotos exclusivas da noite.
Galeria de fotos e setlist do Slayer
- Repentless
- Evil Has No Boundaries
- World Painted Blood
- Postmortem
- Hate Worldwide
- War Ensemble
- Gemini
- Disciple
- Mandatory Suicide
- Chemical Warfare
- Payback
- Temptation
- Born of Fire
- Seasons in the Abyss
- Hell Awaits
- South of Heaven
- Raining Blood
- Black Magic
- Dead Skin Mask
- Angel of Death
Galeria de fotos e setlist do Claustrofobia
- Intro
- Swamp Loco
- Bastardos do Brasil
- Thrasher
- Vira Lata
- Pinu da Granada
- Metal Maloka
- Peste