Há alguns dias recebemos a notícia de que o baterista Ginger Baker, um dos fundadores do Cream, havia nos deixado.
O lendário músico ficou conhecido pela influência que gerou ao lado de Jack Bruce e Eric Clapton, mas também tornou-se famoso por causa da sua personalidade sempre ácida e sincera.
Para celebrar o cara, a MTV resgatou uma entrevista que fez com ele em 1985 onde, nada modesto, Baker diz que é “BEM melhor” que os outros bateristas de sua geração.
Além disso, ele faz questão de distanciar o Cream do Rock And Roll, citando o Blues e o Jazz e dizendo que as baterias do Rock eram “um monte de merda”:
O Cream era uma banda de jazz. Era uma banda de blues com dois músicos de jazz. A gente não tocava Rock And Roll. As pessoas – sabe, eu fico puto quando as pessoas dizem ‘o grande baterista de Rock.’
Para mim o Rock é [‘toca’ bateria no ar], o que é um monte de merda, sabe? Não tem nenhum apelo para mim. Nunca teve e nunca terá.
Ginger Baker
Em outro momento, Baker fala sobre seu retorno, e aqui é importante contextualizar: em 1986 o cara lançou seu quarto disco de estúdio, Horses & Trees, utilizando bases do jazz para fazer músicas instrumentais com pegadas dançantes.
Além disso, mesmo dizendo que estaria voltando e que era o melhor de todos, nesse período ele se mudou para Los Angeles para tentar a vida como ator, sem sucesso:
Eu estou voltando. E estou tocando melhor do que qualquer merda de baterista nesse planeta novamente. Melhor. De longe. Porque eu consigo tocar coisas que ninguém consegue.
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