Já se passaram 28 anos desde um dos episódios mais aterrorizantes do black metal, e agora temos uma nova reviravolta no caso envolvendo o Mayhem.
O grupo, fundado em 1984, foi um dos pioneiros da cena norueguesa e ficou conhecido tanto pela sua abordagem bastante agressiva das músicas quanto pelos shows e atitude fora deles.
Depois do suicídio do vocalista Per Yngve Ohlin (“Dead”) em 1991, o guitarrista Øystein Aarseth (“Euronymous”) foi brutalmente assassinado com 23 facadas por Varg Vikernes (“Count Grishnackh”), ex-colega de banda e fundador do projeto Burzum. A história até virou filme, como te contamos por aqui.
Agora, porém, o primeiro baixista do Mayhem, Jørn Stubberud (“Necrobutcher”), revelou que era ele quem ia assassinar o músico.
Em entrevista à Consequence of Sound (via Whiplash), o cara disse:
Tudo bem, eu posso dizer isso agora, porque estou segurando há muitos anos, mas na verdade eu estava fazendo planos para matá-lo. E quando [o assassinato] aconteceu, eu vi o jornal da manhã, pensando, ‘Porra, eu tenho que chegar em casa e tirar todas as armas, drogas e merdas que eu tinha lá, porque eles estão vindo para minha casa, pois provavelmente eu vou ser o suspeito número 1 por isso’.
Mas mal sabia eu que a polícia norueguesa já sabia que Varg também estava com planos de matá-lo. Porque eles grampearam o telefone dele, e ele realmente falou sobre esse assassinato antes de ir para Bergen… Então eles provavelmente estavam pensando: ‘Não prendemos esse cara nos incêndios na igreja, então vamos prendê-lo por assassinato e nos livrar desse cara em Oslo ao mesmo tempo.’ Então foi basicamente o que aconteceu.
Varg Vikernes
O músico foi condenado a 21 anos de prisão pelo assassinato, e ficou preso por quase 16 anos, saindo em 2009.
Em 2013, Vikernes e sua esposa, Marie Cachet, foram presos por planejarem um massacre, mas soltos no mesmo ano. O casal ainda está sob investigação.