Um mergulho de cabeça na saudade. Em “Cachoeiras”, novo single do grupo pernambucano torre, o quarteto propõe uma viagem intimista ao passado. A canção também ganhou lyric video feita pela fotógrafa Sophia Lautert.
Com uma letra direta, o som traz consigo a simplicidade das primeiras lembranças. Composta a partir de uma lembrança de uma foto de família, Felipe Castro expõe anseios e sentimentos profundos, fazendo paralelos com os rios que banham o Vale do Macacu, onde cresceu. Com esse novo trabalho, torre aposta na nostalgia, puxando os ouvintes para os cenários e vivências da infância, diferentes para cada um, mas com sentimentos próximos. Fazer aflorar imagens, cheiros e gostos de quando éramos crianças, para perceber o quão distante ou não estamos dessas narrativas.
Ouça:
Tori
Com destaque na cena aracajuana, Tori traz o segundo disco, intitulado Ignatia. Lançado pela PWR, mostra uma sonoridade híbrida e concisa além de experimental com muitos traços abrasileirados. Por ser fruto de uma viagem pela abstração, contradição, inconclusão e perda de referência, o disco traz arranjos mais “tortos” em 7 faixas, pensadas e produzidas de modo independente em terras sergipanas.
Ouça:
LUMANZIN
Depois de um processo de criação e isolamento causado pelo aborto que sofreu, LUMANZIN escreveu e produziu seu primeiro álbum, quarentena. O isolamento auto imposto segregou a artista do convívio das outras pessoas durante o período necessário para a auto indulgência.
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O álbum faz parte de um projeto multimídia, desenvolvido e gravado em São Paulo e no Canadá, na residência artística do Banff Centre. Ao vivo, o disco é interativo entre áudio e vídeo, com materiais visuais de registro pessoal, gravados nessa época turbulenta de reclusão. Com cenários que vão do fogo à neve, do isolamento silencioso à parcerias musicais internacionais, os vídeos ajudam a criar um ambiente 360.
Ouça:
Blue Lips
Moblins
O duo experimental de São Paulo reitera seu recente disco, exp., com o single “Jaguatirica”. Lançado e mixado pelo selo Freak, sua sonoridade se assemelha ao synth-punk industrial. O duo apelida seu estilo de Dark Pop, algo que poderia ser catalogado entre as bizarrices do Aphex Twin e o charme infantil do White Stripes, segundo os próprios integrantes.
A canção também ganhou videoclipe com animação 3D dirigido e produzido por Dan Suarti. O clipe reforça a sinistra estética da banda e lembra um mix do clássico Resident Evil – jogo de survival horror que fez a cabeça da primeira geração millennial – com o assustador viral “Men in Chairs” produzido em 2016 pelos artistas gráficos americanos Brian Tessler e Jon Baken.
Apostando que sua música pode ser doce e esquisita ao mesmo tempo, linda e assustadora, meiga e feroz, o Moblins transita entre pontos extremos, comprovando que uma barulheira e um refrão chiclete podem coexistir na mesma track.
Assista:
