10 curiosidades sobre "The Black Parade", do My Chemical Romance

"The Black Parade" é um marco da música dos anos 2000 e completou 13 anos recentemente. Confira 10 fatos sobre o álbum do My Chemical Romance!

Ontem (23), o incrível The Black Parade completou 13 anos de vida. Considerado por muitos como a obra prima do emo moderno, o disco do My Chemical Romance ainda ecoa como a primeira vez em quem viveu o início dos anos 2000 com os caras.

Em comemoração a esse aniversário nos baseamos em uma lista de 13 itens da Loudwire para montar uma com 10 curiosidades sobre o álbum. Confira abaixo!

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O clipe de “Welcome to the Black Parade” teve o mesmo diretor que “Smells Like Teen Spirit”, do Nirvana

Conforme falamos ali em cima, a dupla de clipes “Welcome to the Black Parade” e “Famous Last Words” esteve nas mãos do diretor Sam Bayer. O cara é um dinossauro da indústria, e tem um currículo gigante e invejável, como contamos por aqui.

Entre as obras que tiveram direção de Bayer, estão “Smells Like Teen Spirit”, do Nirvana, “Bullet with Butterfly Wings”, do The Smashing Pumpkins (cujos clipes foram citados como influência pelo MCR), “American Idiot”, do Green Day, e muito mais.

O vídeo de “Famous Last Words” machucou dois membros da banda

Em Agosto de 2006, o My Chemical Romance gravou dois clipes ao lado de Sam Bayer. As canções escolhidas foram “Welcome to the Black Parade” e “Famous Last Words”, e a coisa ficou intensa. Gerard Way, inclusive, descreveu o clima como “meio ‘O Senhor das Moscas'”.

Ao final do segundo dia de gravação, parece que o guitarrista Frank Iero deu um empurrão em Gerard Way (sabe-se lá o porquê) e ele rompeu múltiplos ligamentos no tornozelo. Além disso, o baterista Bob Bryar ficou muito perto do fogo nada modesto, como podemos ver abaixo, e acabou ganhando queimaduras de segundo e terceiro grau na perna, que eventualmente gangrenaram. Eca!

O disco foi composto em uma casa mal assombrada

Na Califórnia, existe uma casa chamada Canfield-Moreno que, segundo histórias, é mal assombrada. Conhecida também pelo nome “Paramour” (que nada tem a ver com o Paramore), a residência já abrigou algumas gravações de bandas, inclusive a do Black Parade.

E a banda jura que viveu histórias assustadoras por lá. Supostamente, o quarto do baixista Mikey Way era recheado de uma energia “negativa e pesada” e portas eram fechadas do nada nos corredores. Quem também tem relatos assim é o Papa Roach, que gravou o disco The Paramour Sessions por lá.

Durante as gravações, os irmãos Way lutavam com a saúde mental

O sucesso nem sempre é algo maravilhoso. A pressão da banda para fazer algo melhor que o excelente Three Cheers for Sweet Revenge deixou os irmãos Gerard e Mikey Way em um lugar ruim mentalmente.

Relatos dizem que Gerard sofria de “terríveis pesadelos”, enquanto Mikey tinha uma depressão severa e ataques de pânico constantes. Tudo isso certamente foi agravado pela decisão de gravar em uma casa mal assombrada, mas, em uma biografia, o vocalista contou que a dor ajudou o álbum:

Não foi o momento mais feliz de nossas vidas. Estávamos questionando nossa mortalidade. Eu acho que, por trás de toda a teatralidade e a coisa bombástica, é um álbum muito humano. O som é muito grandioso mas é um disco bem mortal. É uma dualidade interessante porque existem várias letras que nos examinam – não apenas como banda mas como seres humanos. Nós estávamos examinando um ao outro e esperamos que isso faça os ouvintes se examinarem também. Nós estávamos colocando nossas vidas sob o microscópio. Nós queríamos que os ouvintes colocassem suas vidas sob o microscópio também.

O personagens do clipe têm nomes

O My Chemical Romance ficou conhecido por ser cheio de conceitos e nesse álbum pisou fundo no acelerador.

Os três personagens da imagem acima, retirados do clipe de “Welcome To The Black Parade”, são chamados “Fear, the Patient” (Medo, o Paciente), “Regret” (Arrependimento) e “Mother War” (Mãe Guerra). O esqueleto da capa do álbum também tem nome: “Pepe”.

 

Esse poderia ter sido o último disco do My Chemical Romance

Em entrevista de 2014 com a NME, o vocalista Gerard Way falou sobre o final do disco: “O fim do Black Parade me pareceu muito natural. Ir além disso foi como trair algum tipo de comando artístico que eu tinha dentro de mim mesmo”. O discurso corrobora com as declarações que ele sempre deu, de que o My Chemical Romance sempre planejava as coisas com antecedência. Consequentemente, títulos e conceitos estavam sempre claros na mente de Way – o que não ocorreu com Black Parade. O último álbum acabou sendo Danger Days: The True Lives of the Fabulous Killjoys, de 2010.

 

O cabelo branco de Gerard Way era parte de uma técnica de atuação

Como dissemos, o MCR gosta de um conceito. E o Gerard Way abraçou mesmo a coisa no Black Parade, quando resolveu que pintar o cabelo de branco o aproximaria do personagem “The Patient”. Ele disse em coletiva de imprensa:

Para mim, eu queria esse cabelo branco curto para poder parecer com o personagem The Patient, que eu imaginava ter vivido alguma doença ou quimioterapia. Quando fiz pela primeira vez, eu parecia doente, e me ajudou a incorporar o personagem.

A música “Mama” tem participação das famílias dos integrantes

Uma das músicas mais curiosas do disco é “Mama”, que tem participação de Liza Minelli. Mas não é só a lendária artista que dá uma palhinha na canção.

As vozes da mãe de Frank Iero e dos pais dos irmãos Way estão no meio do “coral pirata” que aparece mais ao final da música.

Os uniformes da banda foram feitos por Colleen Atwood, que trabalhou com nomes como Tim Burton

Quem vê os filmes do diretor Tim Burton e a estética do Black Parade certamente enxerga semelhanças. Parte disso se deve ao trabalho da figurinista Colleen Atwood, que já ganhou até Oscar pelo seu trabalho com o diretor.

Ela participou de filmes como Edward Mãos-de-Tesoura (1990), Peixe Grande (2003) e Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet (2007).

 

Há uma referência ao Pica-Pau em “Dead!”

A performance do guitarrista Ray Toro em “Dead!” é uma das melhores da sua carreira. E o cara ainda colocou uma piadinha no meio do solo que fez para a canção.

Na marca de 2:17 do vídeo abaixo, perceba que o trecho do solo é uma “homenagem” ao ritmo e à melodia da risada do famoso Pica-Pau. Genial!

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