Em dançante disco de estreia, trio pernambucano Madimboo prova que "Flertar é Humano"

Em seu disco de estreia, o trio pernambucano Madimboo flerta com elementos musicais eletrônicos e orgânicos. Afinal, "Flertar é Humano".

Madimboo, foto 1
Foto: Divulgação

Ninguém vive sozinho! O ser humano tem por natureza uma necessidade de se relacionar com os outros. É normal querer puxar assunto. É natural mostrar interesse. É normal paquerar. Sabe quando você deseja um amor ou um simples contato? Pois bem, flertar é humano.

Por sinal, esse é o nome do disco de estreia do grupo pernambucano Madimboo. É formado por Artur Dantas (voz e controlador), Felipe Rodrigues (guitarra) e Thiago Duarte (bateria), conhecidos por trabalharem com o querido Johnny Hooker. O trio lançou Flertar É Humano recentemente, onde falam sobre afeto, relacionamentos e (pasmem) flertes.

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Uma sonoridade eletrizante

Não são apenas os temas abordados que são cativantes. Muita da magia do disco está presente em sua sonoridade. É um som lisérgico, pop, regional e eletrizante, tudo isso ao mesmo tempo.

A dançante e, ao mesmo tempo, diferenciada sonoridade do grupo bebe principalmente de origens nordestinas, como o carimbó e o brega. No entanto, o grupo eleva sua sonoridade a um novo nível de psicodelia, graças à junção com elementos eletrônicos. O resultado chega a ser hipnótico!

Somos apresentados a essa estética logo no início do disco, em que o single “Contato” já desperta o desejo de dançar (e de flertar também?). Depois, encontramos o brega de “Os Últimos Dias de Pompéia” e de “A Mesma Vida” (que conta com a ilustre participação de Johnny Hooker.

Mesmo com a mistura solar de estilos, o disco ainda se assume ter um grande foco na regionalidade. Isso fica claro em faixas como “Isadora“. Ao mesmo tempo, as referências no trip hop e no soul enfatizam a originalidade do disco. A faixa título é um ótimo exemplo disso. Voltamos a dizer: é pop, é regional, é misturado, é excêntrico.

 

Covers e participações

Artur Dantas é responsável pela autoria das onze faixas do disco, mas vale destacar que duas são regravações. Isso porque a faixa “Camomila” já havia sido lançada anteriormente em um EP do grupo, enquanto “Caetano Veloso” ficou conhecida na voz de Johnny Hooker durante a divulgação de Coração, seu disco de estúdio mais recente.

Por falar em Johnny, o disco conta com mais participações. A voz de Natália Meira rouba a cena na já citada “Os Últimos Dias de Pompéia. Já a faixa “Fever” ganhou de presente a participação de Catarina Dee Jah.

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