Bring Me the Horizon lança inédita e diz que pode nunca mais gravar um álbum

Após lançar faixa inédita para o game "Death Stranding", Bring Me the Horizon diz estar cansado do formato de álbum e prepara lançamentos menores. Entenda!

Bring Me the Horizon no Lollapalooza Brasil
Foto por Stephanie Hahne

2019 está sendo um ano realmente bom para quem é fã do Bring Me the Horizon. Depois de lançar o ótimo amo em Janeiro, a banda acaba de divulgar mais uma faixa nova.

“Ludens” faz parte do disco Death Stranding: Timefall, que acompanha o jogo Death Stranding, previsto para ser lançado amanhã (8). Vale lembrar que a trilha ainda tem músicas de The Neighbourhood CHVRCHES, entre outros.

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Se o disco do início do ano foi bem distante do que a banda estava acostumada a fazer, a nova faixa é mais um passo em outra direção. O vocalista Oli Sykes explicou à NME:

Não soa como nada do ‘amo’, mas não soa como nada dos nossos discos. Tem um tom diferente. Tivemos que escrevê-la em cinco dias. Estávamos falando sobre isso com a Sony e o [Hideo] Kojima [produtor do jogo] por algum tempo. Eu estava muito empolgado porque eu amava ‘Metal Gear Solid’ e o Kojima é meu desenvolvedor preferido, ele é uma lenda. Só que as merdas judiciais estavam em um ponto em que pensamos, ‘Isso não vai rolar’. Aí recebemos uma ligação do agente e foi tipo, ‘Sim, vai rolar, mas precisamos dela em uma semana’.

 

Na mesma entrevista, Oli conta ainda que escreveu a música com o tecladista Jordan Fish em quartos de hotel pela Europa Oriental. O conceito da música surgiu da frase “nós não somos homo sapiens, somos homo ludens” – “ludens”, em latim, significa “jogador”. A ideia é que, mesmo em tempos difíceis, enquanto houver humanos no planeta seremos capazes de nos adaptar e sobreviver. Sykes complementa:

Nós inventamos, nós criamos, e apesar de fazermos todas essas coisas horríveis, a gente também faz todas essas coisas incríveis.

Você pode ouvir “Ludens” logo abaixo.

Bring Me the Horizon: “talvez a gente não faça um álbum, nunca mais”

Na mesma entrevista à NME, Oli ainda falou um pouco mais sobre o futuro da banda e indicou que mudanças virão por aí. Segundo ele, o formato de álbum faz com que você tenha que “racionar sua criatividade entre todas as músicas” – o vocalista chegou a dizer que está “muito orgulhoso” de amo, mas que foi “uma encheção de saco do caralho” fazê-lo. Sendo assim, ele cravou:

‘Ludens’ será a primeira música que vocês ouvirão de nosso novo trabalho. Talvez a gente não faça um álbum, nunca mais. Estamos pensando em lançar trabalhos menores. Eu não quero dizer que vamos fazer algo e depois não cumprir, mas o plano é lançar vários discos ano que vem.

Ainda falando sobre o processo de composição de amo, o frontman frisou seu incômodo com ter passado um ano fazendo o disco. Ele diz que se questionava sobre o propósito daquilo, já que eles nunca irão conseguir tocar todas aquelas músicas – além de não curtir a ideia de ter que balancear o trabalho entre canções pop e pesadas. Por fim, Oli conclui:

Tem todas essas coisas que você precisa pensar e como vai ficar em um disco de 15 faixas. Eu não quero fazer isso. Quando escrevemos ‘Ludens’, foi doido mas foi divertido. Nós só tínhamos que escrever uma música e só precisava servir ao video game. Nós não precisávamos escrever a maior música do mundo. Eu amo sentar e falar, “Vamos só escrever uma música e não nos preocupar em como ela deve ser”.

Estamos ansiosos pelo futuro do Bring Me the Horizon!

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