"Não Sou Parte do Crime", diz letra da música citada por Lula em discurso

"Massa Falida", de Duduca e Dalvan, foi citada por Luiz Inácio "Lula" Da Silva após a saída do ex-presidente do Brasil da prisão.

Lula, Duduca & Dalvan
Fotos: Shutterstock / Divulgação

Você provavelmente já deve estar sabendo que Luiz Inácio “Lula” Da Silva, ex-presidente do Brasil, foi solto da prisão em Curitiba hoje mais cedo.

O ícone do Partido dos Trabalhadores se beneficiou de uma decisão do Supremo Tribunal Federal ontem, quando a corte decidiu contra a prisão após condenação em segunda instância, e ao sair da prisão, Lula rapidamente se dirigiu aos seus seguidores e aos militantes que ali estavam o aguardando.

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Entre diversos assuntos, principalmente críticas ao atual governo de Jair Bolsonaro, o político citou uma música chamada “Massa Falida”, dizendo que era uma das suas favoritas nos Anos 80 e que ela “ajudava a parar as fábricas”, fazendo referências ao seu período como dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos em São Bernardo do Campo.

Duduca & Dalvan

A canção foi gravada justamente nessa época e lançada por Duduca & Dalvan, dupla formada em 1977 por José Trindade e João Gomes Almeida, que atendiam pelos respectivos apelidos.

Juntos, foram conhecidos como “Leões da Música Sertaneja” e entre os seus maiores hits estão canções como “Meus Pedaços”, “Rastros na Areia”, “Dama de Vermelho” e “Mulher Maravilha”.

Nos Anos 80, músicas do goiano Duduca e do paranaense Dalvan foram tocadas em movimentos sociais e até utilizadas dentro do contexto das Diretas Já, pois tinham um forte conteúdo político e social.

Letra de “Massa Falida”

A letra de “Massa Falida” fala em assuntos como “não abortar seus ideais no ventre da covardia”, e pode ser vista logo abaixo:

Eu confesso, já estou cansado
De ser enganado com tanto cinismo
Não sou parte integrante do crime
E o próprio regime nos leva ao abismo

Se alcançamos as margens do incerto
Foram os decretos da incompetência
Falam tanto, sem nada de novo
E levam o povo a grande falência

Não aborte os teus ideais
No ventre da covardia
Vá a luta empunhando a verdade
Que a liberdade não é utopia

Não aborte os teus ideais
No ventre da covardia
Vá a luta empunhando a verdade
Que a liberdade não é utopia

Os camuflados e samaritanos
Nos estão levando a fatalidade
Ignorando o holocausto da fome
Tirando do homem a prioridade

O operário do lucro expoente
E a parte excedente não lhe é revertida
Se aderirmos aos jogos políticos
Seremos síndicos da massa falida

Não aborte os teus ideais
No ventre da covardia
Vá a luta empunhando a verdade
Que a liberdade não é utopia

Não aborte os teus ideais
No ventre da covardia
Vá a luta empunhando a verdade
Que a liberdade não é utopia

Não aborte os teus ideais
No ventre da covardia
Vá a luta empunhando a verdade
Que a liberdade não é utopia

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