Recentemente, o Facebook deixou clara a sua posição de não remover propagandas políticas — sejam elas falsas ou não. Parece que Neil Young se incomodou bastante com isso, além de outros fatores, e tomou uma decisão importante.
O músico canadense, que vive nos Estados Unidos há muito tempo, enxerga um viés Republicano na decisão de Mark Zuckerberg e companhia. Entendendo que a plataforma não se posiciona de forma neutra politicamente, Young prometeu não mais utilizar a rede social.
Além disso, criticou os laços da empresa com organizações de direita dos EUA. Sua posição não é nenhuma surpresa, visto que ele já proibiu o presidente Donald Trump de usar suas músicas. O anúncio foi feito pelo seu próprio site, o Neil Young Archives (NYA).
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Neil Young
O músico tem investido bastante em sua própria plataforma. Recentemente, ele avisou que pretende lançar todos seus álbuns exclusivamente no NYA em 2020 — o preço para ser membro, atualmente, é de U$1,99 por mês.
Confira o comunicado de Neil sobre o Facebook na íntegra:
O Facebook está enfrentando críticas por patrocinar o baile anual da Sociedade Federalista, a poderosa organização de direita por trás da nomeação do conservador [da] Suprema Corte de Justiça Brett Kavanaugh.
Esses acontecimentos, somados às falsas informações regularmente oferecidas ao público no Facebook, com seu consentimento, fez com que reavaliássemos e mudássemos nossa política de uso.
Eu não acredito que um site social deveria estar fazendo compromissos óbvios com um lado da política ou outro. Isso aumenta a confusão dos leitores com relação à verdade em coberturas e mensagens.
NYA [Neil Young Archives], não mais interessada em laços com o Facebook, irá descontinuar o uso.
Pedimos desculpas por qualquer inconveniência que isso possa lhes causar.
Obrigado,
NY