Música

Filho de Chorão é cobrado por shows que pai não fez por ter morrido

Empresa cobra mais de 300 mil reais de Alexandre, filho do saudoso vocalista do Charlie Brown Jr., Chorão, em processo na Justiça.

Chorão e seu filho, Alexandre
Foto: Reprodução / Instagram

Uma história envolvendo a morte de Chorão está dando as caras quase sete anos após a passagem do vocalista do Charlie Brown Jr.

De acordo com uma matéria da Folha, apenas nove meses após a morte do músico o seu filho Alexandre Ferreira Lima Abrão recebeu uma notificação extrajudicial onde a empresa Promocom Eventos e Publicidade cobrava por nove shows da banda que havia contratado.

No processo, a Promocom alegou que Chorão “faleceu sem atender à totalidade das obrigações assumidas” e “notoriamente, tais obrigações não poderão [mais] ser atendidas”.

Morte de Chorão e Processo

Alexandre não teria se manifestado e a notificação se transformou em ação de cobrança tramitando na Justiça paulista, ainda que a empresa seja do Paraná.

O pedido é de 225 mil reais de indenização além de uma multa de 100 mil reais por descumprimento de contrato, e o advogado de acusação Rodrigo Ramina de Lucca afirma que “com a morte de Chorão, o capital investido deixou de fazer o lucro esperado.”

A alegação é de que 12 shows haviam sido contratados mas apenas três deles realizados, sendo o último em Balneário Camboriú, naquela que seria a última apresentação da história do vocalista.

Rodrigo ainda alega que Chorão teria recebido 225 mil como adiantamento e diz que “ao investir consideravelmente na contratação da banda, a empresa deixou de contratar outro artista, o qual poderia ter-lhe proporcionado a receita inerente à sua atividade.”

Posição da Defesa

Ainda segundo a matéria da Folha, o advogado e avô materno de Alexandre Ferreira, Reginaldo Ferreira Lima, diz que o pedido de indenização é uma “loucura” e que “naturalmente o Chorão não tinha como fazer os shows,” já que morreu.

Ele ainda apresentou uma petição à Justiça onde diz que uma indenização deve ocorrer após um dano causado por ato ilícito e voluntário, e “é óbvio que não há como imputar qualquer ato ilícito a ele.”

Além disso, Alexandre ainda contesta a autenticidade do contrato que previa exclusividade para a venda de shows no Paraná e cidades de Santa Catarina. Em documento encaminhado à Justiça, diz que a assinatura “não tem qualquer semelhança com a real do falecido” e que não há provas de que qualquer pagamento tenham realmente sido realizados ao músico.

Chorão faleceu no dia 06 de Março de 2013, em São Paulo, após uma overdose de cocaína. Ele tinha 42 anos de idade.

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