Música

12 linhas de baixo sensacionais na história do Punk Rock

Há muito tempo, as pessoas enxergam o punk como um estilo com pouca técnica, especialmente quando se fala do baixo. Será que é verdade? A gente responde!

Fat Mike, Matt Freeman e Mark Hoppus
Fotos via Wikimedia Commons

Há muito tempo as pessoas nutrem uma imagem do punk como um estilo com pouca técnica. Claro que há motivos para isso: grandes precursores do gênero, como os Ramones e o Sex Pistols, não tinham integrantes exatamente virtuosos. No entanto, isso tem mudado.

Várias bandas punk foram surgindo e mostrando mais intimidade com os instrumentos. Mais do que isso, novas formas de explorar as sonoridades; às vezes, com menos técnica do que gêneros como o metal e o hard rock, mas com linhas marcantes e características.

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Um dos instrumentos mais banalizados no punk é o baixo, principalmente pelo uso de palheta pela maioria dos baixistas do gênero. Muitos, de fato, fizeram a transição da guitarra para o baixo, mas assumiram o novo instrumento e criaram riffs e melodias incríveis.

Por isso, montamos essa lista com 12 linhas de baixo sensacionais do punk e suas vertentes, como o pop punk e o hardcore. Aumente o grave e vem com a gente!

Green Day – “Longview”

A característica do punk nunca foi a virtuosidade. Pensando nisso, é impossível deixar de fora dessa lista a ótima “Longview”, do Green Day, que é quase 100% carregada pela linha de baixo de Mike Dirnt. Não tem como não associar ao ouvir o famoso riff!

AFI – “Miss Murder”

Mais um caso de linha marcante e instantaneamente identificável. Hunter Burgan não é o primeiro baixista do AFI, mas se tornou um dos mais conhecidos justamente por trabalhos como “Miss Murder”.

Pennywise – “Bro Hymn”

“Bro Hymn” é uma das faixas mais icônicas do Pennywise e muito disso se deve à ótima linha de baixo de Jason Thirsk, que dita o ritmo da canção desde o começo. A notoriedade ficou ainda maior depois do falecimento de Jason – originalmente, a música, escrita por ele, falava sobre a morte de três amigos seus. Desde então, passou a ser dedicada para o saudoso baixista.

Ela é, ainda, uma das músicas mais usadas como “tema de gol” em esportes. Times como o Anaheim Ducks, da NHL, e o VfB Stuttgart, do futebol alemão, executam a faixa após cada gol feito em casa.

Abaixo, você pode conferir a versão em tributo ao cara. Jason Matthew Thirsk, essa é pra você!

Rise Against – “Black Masks & Gasoline”

Joe Principe é outro baixista que ficou bem famoso no meio. Seus timbres incríveis com o Rise Against se somam a linhas cuidadosas e criativas, além de sempre rápidas pra caramba. Um belo exemplo disso é “Black Masks & Gasoline”, especialmente a partir de 2:07.

Sum 41 – “Welcome to Hell”

Aqueles que classificam o Sum 41 como pop punk ou algo do gênero certamente nunca ouviram “Welcome to Hell”. A aceleradíssima faixa tem uma das linhas de baixo mais rápidas do estilo – o que, definitivamente, significa muita coisa. Além disso, o refrão tem uma melodia legal pra caramba, provando que dá pra fazer muito mais do que só tocar tônica se você for um baixista de punk. Mandou bem demais, Jason McCaslin!

NOFX – “We March to the Beat of Indifferent Drum”

Fat Mike é um dos baixistas mais famosos do mundo, pois além de tocar o instrumento é vocalista e líder do NOFX. A linda melodia de baixo de “We March to the Beat of Indifferent Drum” é de fazer inveja em muita música pop, mas, ao vivo, eles apostam em uma versão mais chegada no ska.

The Clash – “Rock the Casbah”

The Clash ainda é da primeira geração do punk, inquestionavelmente, e um dos nomes mais importantes da história do Rock And Roll. Mas a aproximação com a new wave no disco Combat Rock (1982) trouxe uma pegada mais cheia de groove em “Rock the Casbah”. Consequentemente, a canção tem um trabalho primoroso de Paul Simonon no baixo. Apesar da sonoridade diferente, não dá pra deixar o cara de fora de uma lista dessas, né?

Hot Water Music – “Drag My Body”

Se o seu problema é com o uso de palheta, então o Hot Water Music é a solução. Jason Black é um dos poucos baixistas do gênero que utiliza o pizzicato e, naturalmente, passa a ter uma das sonoridades mais destacadas dos demais.

Para entender melhor, dê o play na música “Drag My Body”, logo abaixo. Atenção especial para as partes em 1:20 e 2:14!

blink-182 – “Carousel”

O atual líder do blink-182 e baixista de longa data da banda, Mark Hoppus, costuma brincar que gastou todas suas fichas no início da carreira quando compôs “Carousel”. Até hoje tida pela grande maioria como a melhor linha de baixo de Hoppus, a canção se tornou icônica pela bela melodia acompanhada do uso de acordes – ambas, certamente, coisas pouco vistas até então no punk.

Dead Kennedys – “Holiday in Cambodia”

Naturalmente, o Dead Kennedys ganhou muita notoriedade por conta do irreverente Jello Biafra. Mas os instrumentistas do DK também são excelentes, e Klaus Floride ganha um destaque especial. O baixista é responsável por ótimas linhas como “California Über Alles” e “Police Truck”, mas definitivamente a campeã é a marcante abertura de “Holiday in Cambodia”, que ainda segue cheia de detalhes legais até o fim da faixa.

A Wilhelm Scream – “The Horse”

Se você curte punk ou hardcore e não conhece o A Wilhelm Scream, está perdendo – e muito. A banda é uma das mais interessantes do hardcore melódico, em especial com o ótimo disco Career Suicide (2007). Nele, está a faixa “The Horse”, certamente uma das mais virtuosas a sair da cena punk. Tem tapping no baixo, na guitarra, riffs em alta velocidade e, claro, muito peso. Vale a pena demais!

Rancid – “Maxwell Murder”

Não tinha como ser outra em primeiro lugar. Um dos maiores representantes do punk na história, o Rancid tem um baixista incrível chamado Matt Freeman que não teve medo de criar o melhor solo de baixo de uma música punk em “Maxwell Murder”. Também, o cara se inspira no John Entwistle, do The Who. Não dava pra ser diferente! Se você não conhece, coloque na marca de 1:00 e se surpreenda.

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