Entrevistas

Conversamos com Sean Carey sobre seu trabalho com o Bon Iver e o Hundred Acres

Falamos com Sean Carey sobre fase atual e história do Bon Iver, novidades do projeto solo Hundred Acres e sobre vir pro Brasil.

Sean Carey

Quando as pessoas pensam em Bon Iver, surge na hora a figura de Justin Vernon. Mas além do vocalista e cabeça do projeto, a sonoridade única do projeto é criado por vários artistas, incluindo Sean Carey. Também conhecido por S. Carey, ele é compositor, cantor e baterista e faz parte do projeto desde o início além de se dedicar ao ótimo projeto solo Hundred Acres.

Trocamos uma ideia por telefone com o artista sobre a fase atual do Bon Iver, novidades do projeto solo e bem… sobre vir pro Brasil.

Publicidade
Publicidade

TMDQA!: Nós lemos que você que se aproximou de Justin em um dos primeiros shows do projeto. Como isso rolou?

Sean Carey: Pois é (Risos)! Resumindo, ele tocava sempre por aqui na Carolina do Norte e não tinha uma banda. Eu achava as músicas ótimas e fui aprendendo as letras e melodias. Aí um dia eu virei pra ele, um cara que só conhecia de vista e falei “então, você quer alguém para sua banda”. E estamos aí! (Risos)

TMDQA!: Como ouvinte, sinto como se cada um dos discos fosse um universo à parte. Você sente isso também ou foi só um desenvolvimento natural?

Sean Carey: Boa pergunta! Eu não sei! (Risos) Pra mim, você sentir isso é um sinal que o disco ficou bom. É sinal que ele é único por si só. A gente sente essas diferenças quando montamos o repertório dos shows. Muitas vezes sou eu que faço isso e tenho que pensar numa unidade entre as faixas, buscar as similaridades e os temas que se complementam. Eu também acho que cada um tem seu estilo e Justin (Vernon) é realmente bom nisso. Eu sinto como se cada disco tivesse um clima, tipo de estações do ano. O primeiro é mais invernal, o novo é mais outono. Não sei se deu para entender.

TMDQA!: E esse novo disco parece o mais maduro da banda. Como se vocês pegassem tudo que já fizeram e reunissem em algo novo. Foi algo planejado após um disco experimental como o 22, a million?

Sean Carey: Eu concordo com o que você disse sobre o disco ser o mais maduro até porque nós estamos assim também. O Justin passou por muita coisa nos últimos anos e acho que conseguimos transformar um disco que era muito raivoso, como o último, em um lugar mais controlado. Talvez isso traga essa sensação de um reencontro. Tem um quê de tudo, do primeiro disco, do anterior…

TMDQA!: E quero saber também do seu projeto solo. Você está trabalhando em algo novo para o Hundred Acres?

Sean Carey: Sim, estou com algumas músicas mas é algo novo. Quando pararmos a turnê vou tirar um tempinho para aprofundar, mas estou numa fase de experimentar sonoramente e é sempre uma fase extremamente empolgante.

TMDQA!: Sei que vocês acabam vendo muitos “Come to Brazil” na internet mas… Alguma chance de vermos vocês em tour por aqui?

Sean Carey: (Risos) Pior que vemos muito mesmo! E é incrível como tem brasileiros em todos os lugares. Eu torço demais para ir. Teve um momento que estivemos muito perto de fazer uma turnê pela América do Sul e passando pelo México, mas sei que tem muitas questões de logística que eu não entendo. Então tudo que posso falar é: queremos.

TMDQA!: Você tem mais discos que amigos? Tem algum disco que você sempre leva em turnês?

Sean Carey: Sim, definitivamente. Eu não tenho muitos discos para a turnê, mas sempre compro vários durante as viagens! (Risos) Eu tento manter uma playlist para me acompanhar, coisas mais ambient, para ouvir no avião. Acabo ouvindo muito de Brian Eno.

Sair da versão mobile