O Natal está batendo na porta e já podemos ouvir “Então é Natal”, canção de Simone, em todos os lugares. Para a cantora, porém, tem essa música em seu repertório não foi a melhor coisa do mundo.
Em nova entrevista ao Estadão, a artista que está prestes a completar 70 anos falou sobre como sempre recebeu críticas durante a carreira. Envolvendo até política, Simone abordou sua jornada na música.
Eu fui atacada porque cantava bolero, porque ia para a praça pública, porque gravava José Augusto, porque não votava no Lula, porque gravei um disco de Natal, mas eu nunca escondi o que iria fazer e nunca fui pau-mandado. Acho horrível pessoas sem posicionamento.
“Então é Natal”, uma versão brasileira para “Happy Xmas (War Is Over)”, de John Lennon e Yoko Ono, foi lançada em 1995 no disco 25 de Dezembro.
A cantora falou sobre sua gravação:
Eu então liguei para o Marcos Maynard (então da gravadora Polygram) e disse: ‘Tenho uma ideia, estou chegando em dois dias, vamos nos encontrar? Não leve ninguém’. Quando contei a ideia, ele disse ‘p… que pariu, c…!’. E foi assim. Uma música, apenas uma, e todo mundo ouvia. O problema é que cantada pelo John Lennon podia. Por mim, não. E as pessoas diziam, ‘ah, mas você fez um disco de Natal’. Claro que tem inveja nisso. A música tocou, eu fiquei conhecida do público, o disco vende até hoje e eu faria tudo de novo, não tenho a menor vergonha do que eu fiz na vida.
Está mais do que certa, não é?
Simone em 2020
A cantora revelou ainda que está planejando um novo disco para o ano que vem.
Estou começando a fazer a fundação do disco novo. Não tenho essa ânsia de gravar, mas vou te dizer uma coisa: ainda vou fazer um álbum cantando todos eles. José Augusto, Peninha, Wando. Quero cantar Fogo e Paixão. Amado Batista, Odair José.
https://www.youtube.com/watch?v=n7JMVEAjyfY