Steven Tyler, vocalista do Aerosmith, nunca escondeu seus problemas com as drogas.
Outros integrantes da banda, inclusive, também embarcaram em viagens com substâncias ilícitas e ocasionaram diversas pausas que quase levaram o grupo a um triste final.
Em entrevista recente para o Haute Living, o músico falou sobre como lidou com essas questões nos Anos 80 e abriu o jogo para dizer que na época ficou realmente puto com seus companheiros de banda, já que eles o mandaram para uma clínica de reabilitação:
O Aerosmith funcionou entre 1972 e 1979 – aí todos nos fodemos pra valer. Não havia instituições como as clínicas de reabilitação de hoje em dia – eram instituições de saúde mental. Eu fiquei longe em 1984 e 1986, e não entendi. O início dos Anos 80 foi terrível e as drogas nos derrubaram. Eu fui o primeiro a ser tratado.
Houve um momento em 1988 quando os empresários e a banda fizeram uma intervenção em mim. Eles pensaram, ‘Vamos fazer o vocalista ficar sóbrio e todos os nossos problemas acabarão.’
Reação de Steven Tyler e Sequência do Aerosmith
Como era de se esperar, Tyler não recebeu bem a intervenção, e ele contou:
Aí eu fiquei sóbrio e, sabe, precisei de vários anos até superar a raiva que sentia por eles terem me mandado para a reabilitação enquanto saíram de férias. Mas hoje, por causa desse momento, eu sou grato e devo agradecimentos a eles por minha sobriedade.
Eu conheci a minha ex-mulher Theresa e tive outras duas belas crianças. A banda contratou uma nova empresa, a Geffen Records, e um grande empresário chamado John Kalodner. Todos tínhamos um empresário que nos ajudava a lutar nessa briga juntos.
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Drogas e a Música
No papo, o vocalista do Aerosmith ainda fez um comparativo entre as drogas e a música, dizendo:
Você pode nunca ter usado cocaína ou heroína, mas você ouve e pensa, ‘Woah, você era um viciado em heroína?’ E eu dizia, ‘Sim, mas nada se compara a quando uma banda compõe suas músicas, toca elas e as ouve em um estúdio de gravação, nesses speakers que são maiores que a vida.
Aí de repente você está no rádio – e não há droga mais forte que a música. A minha sobriedade me custou nada menos que tudo.
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