A Warner Bros. anunciou uma decisão bastante ousada nesta quinta-feira (9).
O estúdio passará a usar Inteligência Artificial para decidir seus próximos passos e “escolher” suas próximas produções.
Em uma parceria com a Cinelytic, a Warner usará “análise preditiva para orientar a tomada de decisões”, o que deve impactar bastante os filmes lançados futuramente. As informações são do Hollywood Reporter (via CoS).
A plataforma online criada por Tobias Queisser há três anos será capaz de dizer o “valor” de um ator, prever o lucro de um filme nas bilheterias e no streaming, estratégias de marketing ideais e muito mais.
O vice presidente de distribuição da empresa, Tonis Kiis, disse em comunicado:
Todos os dias tomamos decisões difíceis que afetam o que e como produzimos, e como entregamos filmes nos cinemas do mundo todo. Quanto mais precisos forem os nossos dados, melhor seremos capazes de envolver nosso público.
E ele continua:
O sistema pode calcular em segundos o que costumava levar dias para avaliar por um ser humano quando se trata da avaliação geral de pacotes de filmes ou o valor de uma estrela. A inteligência artificial parece assustadora. Mas, no momento, uma IA não pode tomar decisões criativas. O que é bom é analisar números e dividir enormes conjuntos de dados e mostrar padrões que não seriam visíveis aos seres humanos. Mas para tomar decisões criativas, você ainda precisa de experiência e instinto.
É tudo por dinheiro?
A escolha cai como uma bomba para os fãs de cinema, já que isso pode significar filmes menos humanos e artísticos, e mais focados no lucro.
A própria Warner Bros. vem sofrendo com esse assunto, principalmente quando falamos de Liga da Justiça (2017). Fãs da DC pedem ao estúdio até hoje o corte original de Zack Snyder, diretor do longa, que seria supostamente melhor que a versão “costurada” que foi aos cinemas.
A Disney também enfrenta críticas após virar notícia que o último Star Wars teve cortes para se adequar ao estúdio e render mais. Como resultado, o longa é um dos mais criticados da franquia, e a internet também tem pedido para ver o corte original de J.J. Abrams.
Será esse o futuro do cinema?