Há alguns meses o baterista Joey Kramer, do Aerosmith, teve que dar um tempo nas atividades por causa de um problema de saúde que o deixou com “pequenas lesões”.
Na banda desde a sua fundação em 1970, o músico se disse pronto para voltar a tempo da apresentação especial que o grupo fará na cerimônia do Grammy. O problema é que seus colegas pediram para que ele fizesse um teste usando um metrônomo, com o objetivo de mostrar que ainda tinha ritmo e energia para continuar controlando as baquetas da lendária banda de Rock And Roll.
Chateado com a situação, Kramer processou o Aerosmith e a coisa está virando uma baita confusão. Segundo um comunicado do grupo, entretanto, a situação é vista como um “desserviço a Joey, nós mesmos e nossos fãs” caso ele assumisse o posto. Eles afirmam que o convite foi aceito “sem tempo adequado para se preparar e ensaiar”.
Mike Portnoy defende Joey Kramer
Quem falou sobre essa situação foi Mike Portnoy, ex-baterista do Dream Theater. Aliás, Portnoy aproveitou para defender ferrenhamente o colega de profissão (via Blabbermouth):
Eu acho que é ridículo — RIDÍCULO! Cadê a lealdade? Você os viu recentemente. Joey parecia — talvez não como em seus 20, 30 anos, mas ele parecia dar conta do recado. Nós vimos isso com Bill Ward não sendo aceito na turnê do [Black] Sabbath e com o Peter Criss não conseguindo fazer uma turnê com o KISS. Então, sim, algo precisa ser dito se alguém não consegue fisicamente fazê-lo, mas eu acho que o Joey está dizendo que pode.
O atual baterista do Sons of Apollo ainda complementou afirmando que, nesses eventos especiais, as performances não são tão cansativas quanto em shows completos:
Isso é tudo que o Aerosmith vai fazer se eles têm um evento grande — eles vão tocar ‘Walk This Way’ ou ‘Dream On’ ou coisa do tipo. Você quer me dizer que o Joey não consegue tocar isso? Tem que haver lealdade. Eu acho que algo precisa ser dito sobre a lealdade a um membro da formação original.
É, a situação está complexa para o Aerosmith e o Grammy.
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