Pearl Jam: em faixa a faixa, crítico chama novo disco de "o melhor em 22 anos"

Leia a descrição de cada uma das faixas de "Gigaton", o novo disco do Pearl Jam com data de lançamento marcada para 27 de Março.

Pearl Jam
Foto por Danny Clinch

Gigaton, o novo disco de estúdio do Pearl Jam, será lançado apenas no dia 27 de Março, mas isso não significa que o álbum não tenha sido ouvido por alguns sortudos.

Ontem (24), Eddie Vedder comandou uma festa de audição do décimo primeiro disco de sua banda, onde inclusive serviu tequila aos convidados, e a Variety publicou um verdadeiro faixa a faixa, descrevendo cada uma das 12 canções do álbum com exceção de “Dance of the Clairvoyants”, já disponibilizada ao público.

Dizendo que o trabalho é “com certeza o melhor e mais diverso desde Yield, de 1998″, o artigo nota que tudo começa com o rockão “Who Ever Said”, que tem o vocalista dizendo “Todas as respostas serão encontradas nos erros que cometemos” emendando na “similarmente propulsiva ‘Super Blood Wolf Moon'”, que tem um solo de guitarra “fervoroso” de Mike McCready.

O artigo continua:

Quick Escape é liderada por um groove de baixo gigantesco de Jeff Ament, enquanto Vedder narra uma road trip internacional armado com ‘um saco de dormir, um acampamento e a noção de tempo do Kerouac.’ ‘Alright’ tem uma construção mais lenta em cima de uma melodia pra cima, com Vedder cantando, ‘se o seu coração ainda bate livre, guarde ele pra você.’ Vedder disse que está particularmente orgulhoso da letra da faixa ‘Seven O’Clock’, que tem vibes psicodélicas ao estilo do Pink Floyd e o encontra no meio de um falsete enquanto a música chega ao fim. ‘Essa começou como uma jam no início das gravações, e aí foi pra outro lugar e se transformou em outra coisa,’ disse o produtor Josh Evans à Variety. ‘Nós seguimos em frente e separamos um monte de momentos legais diferentes, colocando todos eles juntos, e aí a banda colocou camadas de novas coisas no topo de tudo.

Falando sobre a segunda metade do álbum, o texto segue em frente:

Continua após o Podcast Tenho Mais Discos Que Amigos! com expectativas para os lançamentos de 2020

https://open.spotify.com/episode/2wBMxuwJ2lXB9IUUHIdlZy?si=GQ4bUgDlT-a6BQ0AeBzChw

‘Never Destination’ lembra músicas estridentes e pra cima do Pearl Jam como ‘MFC’ com um toque de post-punk do Reino Unido, e tem outro solo forte de McCready. Composta por Matt Cameron, ‘Take the Long Way’ é um monstro de grandes riffs com um dos famosos andamentos complexos do baterista enquanto Vedder grita, ‘Eu sempre escolho a estrada mais longa / Ela me leva de volta a você.’

‘Buckle Up’, escrita pelo guitarrista Stone Gossard, tem uma habilidosa linha de guitarra de escala maior e é uma das canções mais abstratas do álbum, mas serve como uma abertura perfeita para ‘Comes Then Goes’, de Vedder, que mostra uma agressividade digna de Pete Townshend no violão e tem uma passagem memorável que diz, ‘Todos poderíamos usar um salvador do comportamento humano.’

Evans diz, ‘Eu acho que nós gravamos esses vocais no primeiro take. Tudo se resumiu a capturar o momento e estar pronto para apertar o botão ‘gravar’ para materializar aquele sentimento.’

‘Gigaton’ chega ao fim com duas faixas requintadas de combustão lenta. ‘Retrograde’, que data de sessões de gravação de 2017, lembra singles do Pearl Jam por volta do ano 2010 como ‘Just Breathe’ e ‘Sirens’. A música evolui em um enorme crescendo enquanto Vedder repetidamente diz a frase ‘sinta o som.’

‘River Cross’ é a única canção do álbum que havia sido mostrada ao vivo anteriormente, ainda que nos shows solo de Vedder, e lembra músicas do Genesis na fase de Peter Gabriel como ‘Carpet Crawlers’ com a sua fervilhante intensidade (a letra tem partes como ‘eu quero que esse sonho dure para sempre / eu gostaria que esse momento nunca acabasse’). Com Vedder em um órgão dos anos 1850 e Ament na kalimba, finaliza uma experiência auditiva emocionante que mexeu até com Vedder enquanto ele digeria tudo aquilo. ‘Eu nunca bebi tanta tequila em uma tarde,’ ele brincou depois.

‘O órgão na faixa final vem da demo original. O resto da banda achou que aquilo era tão poderoso,’ disse Evans. ‘Todos eles colocaram pequenas e delicadas camadas para ajudar a torná-la uma verdadeira canção do Pearl Jam, como Mike com um pequeno lance de E-bow ou o Stone com um pouquinho de violão. Eu até coloquei alguns sintetizadores ali.’

E aí, empolgado para ouvir o novo disco do Pearl Jam? Pois nós estamos. Agora ainda mais!

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