Cultura

Tom Morello compara Venezuela aos EUA e critica prévias do Partido Democrata

Tom Morello, guitarrista do Rage Against The Machine, relembrou "período sombrio" em gabinete de Senador e criticou os Estados Unidos.

Tom Morello no Samsung Best of Blues 2018-5
Foto: Stephanie Hahne

As eleições para o posto de presidente dos Estados Unidos estão dando seus pontapés iniciais e já começaram com muita turbulência.

As prévias do Partido Democrata para eleger o nome que concorrerá com Donald Trump daqui a alguns meses tiveram seu início no estado de Iowa e o resultado que deveria sair em poucas horas ainda não veio com segurança após mais de três dias.

Segundo o partido, o problema está em um app que deveria contabilizar, verificar e reportar os votos por lá mas acabou falhando, o que teria comprometido as informações.

Como consequência, temos vários candidatos que estão se declarando vitoriosos e um empate na liderança entre Bernie Sanders e Pete Buttigieg.

Tom Morello Critica os EUA

Falando a respeito do assunto, o guitarrista Tom Morello, do Rage Against The Machine, comparou os Estados Unidos à Venezuela e ao Irã, fazendo uma conexão com o fato de que seu país usa problemas nas eleições como motivos para guerra:

Desde o meu sombrio período como assistente de um Senador dos EUA eu normalmente não dou a minha opinião sobre assuntos eleitorais mas se o que aconteceu em Iowa tivesse acontecido no Irã ou na Venezuela haveria pedidos por uma invasão dos EUA para derrubar um regime democrático.

Entre 1987 e 1988, o músico trabalhou no gabinete do senador Alan Cranston, representante do Partido Democrata na Califórnia.

Segundo o próprio a experiência foi muito ruim:

Eu nunca tive um desejo real de trabalhar na política mas se havia qualquer tipo de brasa queimando dentro de mim ela foi apagada quando trabalhei nesse emprego por causa de duas coisas: uma delas foi o fato de que durante 80 por cento do tempo que eu passei com o Senador, ele estava ao telefone pedindo dinheiro para pessoas ricas. Me fez entender que o negócio todo era sujo. Ele tinha que se comprometer completamente todos os dias. O outro motivo foi uma vez que uma mulher ligou para o gabinete querendo reclamar sobre como havia Mexicanos se mudando para seu bairro. Eu disse para ela, ‘Senhora, você é racista,’ e ela ficou indignada. Eu achei que estava representando bem a nossa causa, mas gritaram comigo durante uma semana por dizer isso! Eu pensei comigo mesmo que se estou em um trabalho onde não posso chamar um racista de racista, então não é pra mim.