O Biffy Clyro voltou recentemente com a inédita “Instant History” bem voltada ao pop.
Em entrevista exclusiva à NME, a banda falou sobre diversos assuntos. Além de explicar a sonoridade e deixar claro que a próxima música não vai soar nem um pouco como esperamos, a banda falou bastante sobre as intenções do novo disco — cujo nome, ainda não revelado, deve refletir o fato do mundo ter sido “só más notícias há muito tempo”.
Por lá, o vocalista Simon Neil desenvolveu mais esse tópico, explicando os motivos pelos quais a banda decidiu explorar mais letras políticas no trabalho:
Eu sinto que eu me investiguei mais do que eu deveria — mais do que deve ser saudável! Durante sete discos eu só estive cantando sobre o bom e velho eu, até um certo ponto. Eu acho que é uma coisa da idade. Quando você é mais novo, você acha que pode manter o pessoal e o político separado, mas eu não acho que nós possamos agora nesse mundo em que vivemos. Eu sinto uma responsabilidade com o mundo agora — especialmente como homem branco. Eu acho que o mundo precisa mudar do jeito certo. Tem sido só má notícias por anos, e o título do álbum — que eu não posso contar agora — reflete isso muito bem.
Biffy Clyro, Billie Eilish e críticas ao Rock
Quem também falou na entrevista foi o baixista James Johnston, que fez críticas ao Rock. Ele fala que o gênero está sempre “com um pé no passado” e que não consegue pensar em outro estilo que tenha “tanto medo de sair do lugar comum”.
Logo em seguida, Neil elogiou a fusão que artistas como Rex Orange County e Tyler, the Creator promovem. Citando ainda que o Biffy Clyro passou anos chocando fãs com coisas complexas e, hoje, os choca “fazendo coisas realmente simples”, o vocalista se derreteu em elogios ao trabalho de Billie Eilish:
Ela é tão maravilhosa. Ela é a melhor coisa do século até agora. O fato que ela fez a música do [James] Bond é brilhante pra caralho. A forma com que ela lida com toda a pressão é realmente excepcional. Tenho certeza que ter o irmão dela por perto ajuda bastante. Estar em uma banda com família [James e o baterista Ben são irmãos] é o que nos manteve seguindo em frente.
Ainda assim, Simon fez questão de elogiar algumas bandas que trazem coisas novas ao Rock e garantiu que o gênero não morreu:
Nós tocamos com o Another Sky, e eles são incríveis. Tem uma banda belga chamada Brutus que amamos. Mannequin Pussy são grandes favoritos nossos. Great Grandpa é demais. Essas são novas ótimas bandas de guitarra que estão abrindo caminho. O Rock morreu? Vai se foder. Ele só está evoluindo. Eu só não quero mais esses rapazes robustos contando a mesma porra de história por mais 15 anos. Eu amo meu rock clássico, mas eu não quero estar referenciando um disco que foi feito 45 anos atrás quando vou ao estúdio. É por isso que eu amo as coisas como elas estão indo. Os jovens estão puxando coisas de todo lugar.
O discurso ecoa totalmente com o novo single, que você pode ouvir abaixo!