A cada dia que passa ficamos sabendo de novos marcos em relação a Ordinary Man, novo disco de Ozzy Osbourne.
Já falamos bastante por aqui sobre como o álbum foi feito no que o próprio artista chamou de “pior ano de sua vida” e que ele tem participações especiais de Slash, Elton John, Chad Smith, Duff McKagan, Tom Morello e mais.
Pois bem, agora ficamos sabendo de outro fato diretamente da boca de Ozzy, que disse:
Esse é o primeiro álbum que eu ajudei a compor e gravei completamente sóbrio. No último disco eu escrevi algumas partes enquanto estava chapado.
Na entrevista, ele ainda diz que gosta de estar sóbrio porque “pelo menos eu posso me lembrar das porras das coisas que fiz no dia anterior.”
Apesar disso, ele relembra que sempre ficou chapado porque achava que isso lhe ajudava no processo:
Eu achava que eram as drogas e o álcool que faziam tudo funcionar. Mas não é verdade. Tudo que fiz durante anos foi me automedicar porque eu não gostava da forma como me sentia.
Ozzy Osbourne, Chris Cornell, Chester Bennington…
Na entrevista, o repórter Zane Lowe fala sobre drogas, abusos, remédios controlados e se lembra de nomes como Chris Cornell (Soundgarden), Layne Staley (Alice In Chains) e Chester Bennington (Linkin Park), e sobre como eles nos deixaram e sobre como sempre chegamos a pontos onde os artistas não conseguem se livrar de seus vícios e problemas.
Ele ainda disse que se sente mal e é uma “tragédia”, pois os artistas nos brindam com músicas que fazem com que a gente se sinta menos solitário mas não funcionam para o artista que as escreveu.
Após elogiar Chris Cornell dizendo que ele era um ótimo cantor, Ozzy disse:
Eu não estou sendo engraçado e não estou sendo metido. Eu me lembro de episódios em que acordei com vômito em mim. Eu acordei com uma cama cheia de sangue, quando caí e bati a minha cabeça ou algo do tipo.
Meu amigo John Bonham, eu bebia com ele. Ele morreu. Bon Scott, morto. Eu não sei o que dizer.
As pessoas dizem, ‘Você deve ter o toque de Midas ou algo do tipo,’. Eu tenho sorte. Eu não era melhor que nenhum deles. Eu posso até dizer que era pior em alguns casos. Mas é a sorte da coisa. [Tenho] Setenta e um anos de idade e não consigo entender como cheguei lá.
A entrevista completa para a Apple, em Inglês, pode ser vista por aqui.
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