Quem já assistiu a alguma sitcom está acostumado com as “claques”. Nome oficial das “risadas artificiais” que acompanham piadas em séries como Friends, Chaves, The Big Bang Theory e tantas outras, o recurso sempre gera algumas indagações.
Pensando nisso, uma pesquisa recente resolveu testar “piadas ruins” com e sem as risadas artificiais. Como informou o Nexo, o arsenal de comédia incluía pérolas como “Qual é o dinossauro que paga as contas? O Tiranossauro-cheques” e “O que é marrom e rima com papagaio? Um balaio”.
Ao ouvi-las, os participantes da pesquisa davam notas entre 1 e 7 para cada piada. Então, os pesquisadores da University College, de Londres, chamaram outro grupo de adultos para ouvir as mesmas piadas — mas, dessa vez, acompanhados de duas trilhas de risadas, uma mais natural e uma mais artificial.
A última causou um aumento de 10% nas notas e, com risadas mais naturais, o aumento chegou a 20% em algumas piadas. Vale ressaltar que os pesquisadores incluíram nos grupos de teste adultos com transtornos do espectro do autismo — essas pessoas possuem mecanismos diferentes de processamento da comédia.
Abaixo, inclusive, você pode ver como ficaria estranha uma cena de The Big Bang Theory sem a claque.
Claques, seriados de comédia e aumento de risadas
A pesquisadora Sophie Scott, que comandou o estudo, falou sobre os benefícios do estudo além de saciar a curiosidade de alguns:
Nossos dados sugerem que a trilha de risadas também influencia como a comédia é percebida, e que as pessoas com autismo são igualmente sensíveis a esse efeito. Isso sugere que a comédia e o riso são mais acessíveis para pessoas com autismo do que se imagina.
Em outro momento, ela também disse acreditar que a risada artificial ajuda os seres humanos a entenderem que também podem rir do que estão vendo. Legal, hein?
LEIA TAMBÉM: Atores de “Friends” confirmam reunião da série na HBO Max