Em uma sexta-feira, 13 de Fevereiro de 1970, o mundo da música mudaria para sempre após o disco de estreia do Black Sabbath. O que poucos sabem, no entanto, é que grande parte do que fez a carreira da banda teria sido “roubado” do lendário Jazz Sabbath.
Pelo menos é o que garante o pianista Milton Keanes, que promete provar suas acusações após 50 anos. Veja o relato do cara a seguir, via Classic Rock:
Formado em 1968, o Jazz Sabbath era considerado por muitos a vanguarda do novo movimento jazz que saía da Inglaterra naquela época. O aguardado álbum de estreia, previsto para ser lançado na sexta-feira dia 13 de Fevereiro de 1970, estava destinado a nunca ser lançado. Até agora.
O álbum foi cancelado quando surgiu a notícia de que o membro fundador e pianista Milton Keanes foi hospitalizado com um ataque cardíaco massivo que o deixou lutando por sua vida. A gravadora decidiu engavetar o álbum e cancelar o lançamento programado por compaixão e devido à incerteza financeira de lançar um álbum de estreia de uma banda sem seu líder musical.
Quando Milton foi finalmente liberado do hospital em Setembro de 1970, ele descobriu que uma banda de Birmingham, convenientemente chamada ‘Black Sabbath’, havia então lançado dois álbuns com versões metal do que ele afirma serem as suas músicas.
Milton tentou contactar sua gravadora, Rusty Bedsprings Records, apenas para descobrir que ela não existia mais e o dono da gravadora estava na cadeia. Todos os álbuns do Jazz Sabbath haviam sido destruídos quando o estoque pegou fogo em Junho de 1970; o que foi provado ser um caso de fraude de seguro pelo dono da gravadora, deixando apenas algumas gravações amadoras das performances ao vivo do Jazz Sabbath entre 1968 e 1969 como prova de existência.
As gravações originais do álbum teriam sido perdidas no incêndio, mas na verdade foram colocadas no lugar errado e acumulavam poeira nos cofres do porão do estúdio de gravação por muitos anos, destinadas a nunca ver a luz do dia.
Ao final de 2019, quase 50 anos depois, o homem que comprou o prédio onde o estúdio de gravação estava localizado (para transformá-lo em um pet shop vegano) encontrou as fitas das gravações originais, que continham as gravações originais da sessões de 1969 e as lâminas que continham a capa original do álbum.
Essas fitas foram agora remixadas e serão finalmente ouvidas. O álbum irá provar que a banda de heavy metal adorada por milhões ao redor do mundo não é nada mais do que um bando de charlatões musicais, roubando a música de um gênio hospitalizado e de cama.
Incrível, não é mesmo? Abaixo, você pode assistir a um mini documentário que conta a história do “verdadeiro” Sabbath. O vídeo conta com participação de nomes como Marky Ramone (Ramones), Neil Murray (Whitesnake), Mike Bordin (Faith No More), Jordan Rudess (Dream Theater) e Ben Thatcher (Royal Blood).
Jazz Sabbath e uma Grande Brincadeira
É claro que tudo não passa de uma brincadeira. “Milton Keanes” é um pseudônimo de Adam Wakeman, filho do lendário Rick Wakeman (David Bowie, Yes) e multi-instrumentista que toca tanto com o Black Sabbath quanto com Ozzy Osbourne há anos.
Ainda assim, a história é boa demais para não ser contada! Jazz Sabbath chega ao mundo no dia 10 de Abril, e já está em pré-venda pelo Bandcamp. O disco terá sete músicas: “Fairies Wear Boots”, “Evil Woman”, “Rat Salad”, “Iron Man”, “Hand of Doom”, “Changes” e “Children of the Grave”.
A seguir, você pode ouvir a “versão original” da clássica “Iron Man”.