Grandes gravadoras ganham mais de R$ 4 milhões por hora no streaming

O streaming veio para ficar e, para as gravadoras, as plataformas são bem lucrativas; para artistas, por outro lado, discos inteiros podem render centavos.

Cápsula do Tempo do Spotify
Foto do Spotify via Shutterstock

streaming veio para ficar e está provando isso cada vez mais.

O novo método de ouvir música está mais popular do que nunca e, segundo um relatório da Music Business Worldwide, atingiu uma marca histórica. Como informou a Consequence of Sound, as grandes gravadoras — os grupos SonyUniversal Warner — estão gerando US$1 milhão (cerca de R$4,5 milhões) por hora com streaming.

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De acordo com a mesma pesquisa, o método já foi responsável por 80% do lucro da indústria da música no ano passado. Como mostra o gráfico a seguir, é possível observar um crescimento constante na participação do streaming: em 2017, era responsável por apenas 42,65% do faturamento e, no ano passado, chegou a quase 56%.

Continua após o gráfico

Em relação ao crescimento do faturamento de streaming nas grandes gravadoras, a alta também ocorreu nos últimos anos. O maior salto, com folga, foi do grupo Universal: de R$7,1 bilhões em 2016 para R$16,6 bilhões em 2019. Entenda melhor no gráfico a seguir (em dólares).

Streaming, gravadoras e artistas

Gráfico via Music Business Worldwide

Grande parte desse aumento se deve ao maior número de assinantes premium dos serviços. No ano passado, houve crescimento de 25% neste quesito — que resultou em mais de R$6 bilhões em faturamento.

Para os artistas, no entanto, as contas ainda são bem diferentes. A cada stream, plataformas pagam algo em torno de R$0,013 (Spotify) e R$0,053 (Apple Music) e os repasses são porcentagens disso.

Acordos firmados com gravadoras há algum tempo, geralmente, incluíam participações de cerca de 20-25% para as bandas neste faturamento. Os mais modernos já melhoram a situação dos músicos, variando entre 60-80% nas práticas padrão da indústria.

Assim, é interessante ver a possibilidade de lucro para artistas que lançam discos por seus próprios selos ou de maneira independente. Algumas bandas já estabelecidas resolveram assumir esse risco: é o que fizeram o A Day to Remember nos álbuns Common Courtesy e Bad Vibrations e (parcialmente) o Radiohead em In Rainbows.

Nesses casos, é possível que os artistas acabem ficando com até 100% dessa renda. As duas bandas citadas como exemplo, no entanto, eventualmente acabaram voltando a assinar com gravadoras.

Isso ocorre porque as gravadoras também estão se adaptando e mostrando que ainda são importantes para os artistas, criando oportunidades para que suas músicas cheguem mais longe através de ações de mídia patrocinadas, assessoria de imprensa e mais.

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