John Anthony Frusciante: em 05 de Março de 1970, nascia no Queens, em Nova York, um músico que acabaria se tornando um dos nomes mais influentes do Rock And Roll em uma banda no extremo oposto dos Estados Unidos.
Nascido em um lar onde pai e mãe eram fãs de música, John viveu com a família em estados como Flórida e Arizona antes de se consolidar na Costa Oeste, mais precisamente na Califórnia, onde entre outras coisas se apaixonaria pelo punk rock.
Fã de bandas como o lendário Germs (de Pat Smear, que tocou no Nirvana e está no Foo Fighters), o guitarrista aprendeu a tocar sozinho e já aos 10 anos de idade sabia como reproduzir as canções de (GI), álbum lendário do grupo.
Aos 11, passou a estudar guitarristas clássicos como Jeff Beck, Jimmy Page, Jimi Hendrix e David Gilmour, e quando conheceu o trabalho de Frank Zappa mergulhou de vez no objetivo de se tornar um guitarrista profissional.
John Frusciante e o Red Hot Chili Peppers
A relação do músico com os Chili Peppers começou no esquema fã-ídolo.
O cara descobriu a banda na metade dos Anos 80, quando seu professor de guitarra fez um teste para entrar nela, e logo ali se apaixonou pelos riffs de guitarra e linhas de baixo tão características do grupo.
Frusciante chegou a se tornar amigo de Hillel Slovak, saudoso guitarrista do RHCP em seus primeiros álbuns, e depois conheceu D.H. Peligro, baterista da banda de hardcore Dead Kennedys que chegou a tocar com os Peppers durante um curto período.
Peligro convidou Frusciante para fazer umas jams com ele e também chamou Flea, um dos baixistas mais respeitados do mundo, e esse encontro tornou-se um marco para toda música dos Anos 90 e 2000.
Flea e John descobriram uma química instantânea e imbatível que atravessaria as décadas e seria responsável pelos maiores sucessos do Red Hot Chili Peppers em toda sua carreira.
Após a morte de Hillel e a saída do baterista Jack Irons, Anthony Kiedis e Flea queriam seguir em frente e o fizeram com Peligro e o guitarrista DeWayne McKnight, que não durou muito tempo.
Veio então o teste de John com a banda, sua aceitação, e uma história construída com hits e problemas.
Passagens Pela Banda
Na época que foi chamado para os Peppers, Frusciante estava considerando fazer um teste para entrar na banda de Frank Zappa, mas aparentemente as regras do músico que proibiam o uso de drogas o afastaram.
Seus riffs, timbres e levadas seriam fundamentais para o sucesso gigantesco da banda no mundo todo mas também fariam com que ele abusasse das drogas e tivesse que lidar com diversos problemas pessoais em relação aos grandes públicos.
Tanto que a sua carreira com os Peppers é marcada por passagens que 1988 e 1992, e depois 1998 e 2009, sempre com saídas ligadas a questões particulares ligadas ao vício e/ou à falta de vontade de lidar com um sucesso tão grande.
Em 2019, dez anos após a sua última parceria com o grupo, Frusciante decidiu que gostaria de estar em uma outra banda novamente e, claro, disse que ela deveria ser o Red Hot Chili Peppers.
Seu primeiro show com a banda nessa fase está marcado para o festival Sonic Temple, no dia 15 de Maio, e ele já se apresentou rapidamente com os caras em um evento fechado.
A banda deve lançar novas músicas em breve e estamos todos ansiosos pelo que vem por aí!
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Outros Projetos
Vale lembrar que John Frusciante apresentou diversos outros projetos ao mundo nesses anos todos, indo da música instrumental até a eletrônica.
Além de produzir em carreira solo com seu próprio nome ou usando o pseudônimo Trickfinger, ele também colaborou com nomes como The Mars Volta (aparece em 5 discos), Omar Rodríguez-López e Josh Klinghoffer, seu substituto mais recente no RHCP com quem não apenas gravou como também formou o supergrupo Ataxia, ao lado de Joe Lally, do Fugazi.
Nesses 50 anos de John Frusciante vale a pena mergulhar pela sua obra.
Parabéns, John!