Guia: como não ser um babaca na era do Coronavírus

O portal VICE, nos EUA, conversou com diversos especialistas e montou um guia definitivo de como não ser um babaca durante o surto de coronavírus. Veja!

Coronavírus e Mercado Vazio

O surto de coronavírus está obrigando os seres humanos a, mais do que nunca, aprenderem a se comportar em sociedade.

Pensando nisso, a VICE criou um guia (em inglês) para aqueles que ainda têm dúvidas dentro dessa situação. Conversando com especialistas, a ideia principal defendida por eles é uma só: será necessário ser mais gentil do que estamos acostumados. Segundo o professor de Ética e Filosofia Alex John London:

Nossas ações individuais podem ajudar a criar um manto de proteção às pessoas mais vulneráveis entre nós. Praticando o distanciamento social, nós podemos criar um ambiente mais seguro para aqueles que estão em maior risco devido ao vírus.

Outras dicas citadas na matéria envolvem o tratamento adequado de profissionais da área da saúde, que estão naturalmente sob grande estresse, e de crianças, as quais não são consideradas como grupo de risco no contexto mas são vistas como grandes vetores. A pediatra Kao-Ping Chua, também entrevistada pela VICE, classificou os pequenos como “muito, muito bons em espalhar germes” de forma geral.

Dentro da indústria do entretenimento, é extremamente importante lembrarmos da frase da ministra da Cultura da Alemanha Monika Grütters: “a cultura não é apenas um luxo que se entrega durante os bons tempos”. Enquanto o mundo não segue o exemplo do país europeu, que irá ajudar financeiramente instituições de arte neste período, você pode fazer sua parte apoiando seu artista preferido (principalmente se ele for independente).

A seguir, fizemos um resumo compreensivo com os 8 passos citados pela publicação.

Como não ser um babaca na era do coronavírus – resumo em 8 passos

  1. Entender que o principal grupo de risco é o de idosos e fazer o possível para não colocá-los em situações como as que estão ocorrendo na Itália: no país europeu, já se considera (infelizmente) a possibilidade de “escolher” quem será tratado da doença devido ao alto fluxo de pessoas chegando a hospitais. A recomendação principal é lavar as mãos, além de evitar sair de casa manter cerca de dois metros de distância de outras pessoas.
  2. Não saia de casa para tarefas triviais, como idas a bares e festas; se precisar comer em algum restaurante, prefira delivery ou leve para comer em casa: a ideia é sempre se manter em casa e priorizar, inclusive, o conforto dos prestadores de serviço do ramo alimentício — que também são pessoas como todos nós. Por isso, se for necessário comer fora, é sempre bom dar uma boa gorjeta e, se você contrata funcionários para o dia-a-dia (como babás, empregadas domésticas, personal trainers, etc.) e possui condições para isso, procure continuar pagando essas pessoas mesmo que não esteja recebendo os serviços momentaneamente.
  3. Faça compras como você faria regularmente para um período de semanas; não é hora de estocar comida ou quaisquer outros itens: esse é um dos itens mais delicados, já que muita gente é tomada pelo pânico. A recomendação é de entender quais são suas “necessidades legítimas” dentro das circunstâncias, além de ter em mente a informação de que mesmo com a situação crítica na Itália, os mercados continuam abertos e com estoques decentes. Compre apenas o necessário!
  4. Tome cuidado com crianças, que podem ser grandes vetores mesmo sem apresentar sintomas: como falamos acima, os pequenos são “muito, muito bons em espalhar germes”. Mais ainda, informações mais recentes da OMS apontam que o vírus já causou morte em crianças — o que reforça a necessidade de isolamento social e o maior cuidado possível com elas.
  5. É possível que alguém que você conheça pegue o vírus, mas não se desespere e seja responsável: a partir do momento que a transmissão comunitária se instaura, não são só aqueles que estiveram no exterior recentemente que possuem risco de contaminação. Todos estão sujeitos, e o ideal é se manter responsável e não entrar em pânico caso algum conhecido esteja infectado; não é hora de apontar dedos. A não ser que seja para os governos locais, segundo o professor London, que diz que os líderes políticos têm a responsabilidade de invocar os poderes do Estado para garantir o bem-estar da população.
  6. Seja gentil com os funcionários da área de saúde: a linha de frente de combate à doença são os médicos, enfermeiros, técnicos, auxiliares e todos os outros profissionais da saúde. Tenha empatia e entenda o risco ao qual essas pessoas estão se expondo diariamente para cuidar da população!
  7. Não compartilhe informação que não seja verdadeira e aguarde confirmações oficiais: os órgãos competentes existem por vários motivos, e um deles é divulgar somente informações oficiais. Neste período, sempre duvide de correntes nas redes sociais ou no WhatsApp e procure esperar comunicados de autoridades como a OMS, Ministério da Saúde e órgãos locais.
  8. Não sofra por antecipação nem se prenda às possibilidades negativas: a mente humana prega suas peças ocasionalmente, e neste tipo de contexto é fato que acabamos viajando em todas as possibilidades. No fim das contas, independente de quão ruim esteja a situação, o ideal continua sendo seguir as recomendações de autoridades e confiar nas pessoas que trabalham para conter a crise.