Cultura

Vendas de discos têm a pior marca em 60 anos por causa do Coronavírus

Billboard revela números assustadores sobre a queda de consumo de música tanto no digital quanto nas mídias físicas. Só o vinil se salva.

Fones de Ouvido quebrados
Foto Stock via Shutterstock

O Coronavírus atingiu em cheio a indústria do entretenimento e, como não poderia ser diferente, a indústria da música.

Além do óbvio golpe no setor de eventos, agora também estamos entendendo que o mercado de discos e canções gravadas em estúdio estão sendo completamente afetados pela quarentena e isolamento que têm o objetivo de evitar o contágio rápido da COVID-19, doença causada pelo vírus.

Pois os números são assustadores: a Billboard revelou que a semana de 19 de Março teve 1.52 milhões de álbuns vendidos, o que significa a pior marca para o período de uma semana desde a metade dos anos 60, quando o formato de álbum se consolidou.

Vale notar aqui, no entanto, que 2020 já não vinha sendo um bom ano para o mercado de discos, já que a segunda menor marca da história foi atingida na semana que terminou em 16 de Janeiro, com 1.65 milhões de cópias.

Além disso, a mídia física também foi duramente afetada com a mesma semana registrando menos de 1 milhão de cópias pela primeira vez na história da Nielsen Music/MRC, que registra o consumo na América do Norte desde 1991.

Queda Nas Vendas

Vários fatores têm a ver com a queda nas vendas e é óbvio que as pessoas estão priorizando bens essenciais em tempos de incerteza.

Além disso, iniciativas como a da Amazon de parar de estocar novos discos para ter espaço a itens básicos também contribuíram para a performance tão ruim.

Outro ponto é que em casa, sem ter que ir ao trabalho usando o transporte público ou seus automóveis, as pessoas estão consumindo menos música digital e mais vídeos.

Discos de Vinil

O único lado bom da história é que o disco de vinil continua firme e forte no seu movimento ascendente: em 2020, mesmo com toda crise, ainda tem números que fazem a indústria acreditar que o crescimento continuará e mais cópias do que as 18.84 milhões vendidas em 2019 serão comercializadas.