John Prine, ídolo de Bob Dylan e Roger Waters, morre com a COVID-19

Aos 73 anos, John Prine não resistiu às complicações da COVID-19 e faleceu nesta terça (7). Ele era ídolo de Roger Waters, Bob Dylan, Johnny Cash e mais.

John Prine
Foto: YouTube

Aos 73 anos de idade, John Prine não conseguiu resistir às complicações decorrentes da COVID-19. A doença causada pelo novo coronavírus fez com que o músico falecesse nesta terça-feira (7), em Nashville, nos EUA.

A lenda norte-americana da música country teve os sintomas de forma repentina no último dia 26/03. Ele teve que ser rapidamente internado em um hospital, onde foi levado à unidade de terapia intensiva, mas não resistiu.

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A informação foi confirmada pela família do músico à revista Rolling Stone dos EUA. A morte, aliás, não veio como uma surpresa — seu estado já era crítico e as pessoas próximas sabiam que não havia grandes chances de recuperação.

Que John descanse em paz e não se esqueça: fique em casa.

A influência de John Prine

John Prine é um dos autores mais influentes de sua geração, tendo causado impacto em nomes considerados como verdadeiras relíquias da música mundial.

Descoberto por Kris Kristofferson, lançou seu primeiro disco de estúdio em 1971 e o álbum homônimo foi celebrado como um dos melhores daquele ano pelo público e pela crítica.

Conhecido por contar causos da sua vida misturados tanto a traços de humor quanto a críticas sociais, ele chamou a atenção de gigantes como Bob Dylan, que disse em 2009 que John era um dos seus compositores favoritos, destacando a canção “Sam Stone”, que segundo ele, “só poderia ser feita por alguém como Prine”.

Um ano antes, em 2008, Roger Waters foi questionado em uma entrevista sobre como enxergava novas bandas britânicas e se via traços do Pink Floyd em nomes como o Radiohead, e disse:

Eu não ouço muito Radiohead. Eu ouvi os discos e eles simplesmente não mexeram comigo como, digamos, John Prine mexe. A música dele é extraordinariamente eloquente – e ele está no mesmo plano de Neil Young e [John] Lennon.

Outro nome de porte que elogiou John Prine foi Johnny Cash, que em sua autobiografia escreveu:

Eu não ouço muita música na fazenda, a não ser que comece a entrar no modo de composição e precise procurar por inspiração. Aí eu coloco algo dos compositores que eu admirei e usei todos esses anos — Rodney Crowell, John Prine, Guy Clark e o saudoso Steve Goodman formam o meu ‘Big Four’.

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