Dave Grohl, como todos nós, também tem seus ídolos e inspirações na música. A diferença é que, ao contrário da maioria de nós, ele conseguiu realizar o sonho de não apenas conhecer o seu mas também tocar com ele.
Pelo menos é o que ele diz, já que ninguém viu isso acontecendo. Em mais uma história da sua série publicada no Instagram, Grohl conta que conheceu Prince em 2011 após um show do lendário músico americano e, após uma conversa, recebeu um convite para tocar junto: “Que tal na próxima sexta-feira?”, teria dito Prince.
Grohl, então, relata (via Ultimate Classic Rock):
Era o Prince. E ele estava me chamando para uma jam. Era uma proposta que eu tinha desejado por toda a minha vida adulta, mas nem nos meus maiores sonhos eu imaginava que seria possível. […] Eu de alguma forma mantive minha compostura, o agradeci por uma noite incrível, e voltei para os meus amigos na outra sala com aquelas palavras ainda ecoando na minha cabeça. A contagem regressiva começou.
Dave descreve toda a contagem pelos próximos dias, ressaltando que a bateria do seu celular “sempre está entre quatro e 11 porcento”, mas não naquele momento. Ele deixou o aparelho com 100% de bateria o tempo todo, no volume máximo e com “uma vibração de paralisar”, além de literalmente dormir com “aquela coisa no meu peito”.
Dave Grohl e Prince
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Enfim, chegou o grande dia. Grohl conta que estava em um palco de uma casa de shows vazia quando Prince apareceu e pediu para ele tocar bateria; “ele estava colado em mim”, relata o ex-baterista do Nirvana, se referindo à sincronia entre o baixo do músico e ele.
Ele descreve então o momento como algo “divino […] e não havia uma alma sequer para testemunhar aquilo”. Eventualmente, Prince pediu para que eles tocassem o clássico “Whole Lotta Love”, do Led Zeppelin, com sua banda de apoio — “Sim! Sim, Prince! Vamos fazer isso!”, foi a resposta de Dave.
Ao fim da performance, Prince sugeriu que eles se juntassem novamente na próxima sexta-feira. O líder do Foo Fighters nunca viu esse dia chegar, mas disse que “de alguma forma, eu não precisei”. Ele finaliza:
Eu havia realizado um sonho da minha vida, sem qualquer evidência para compartilhar com qualquer um, além de uma memória que vai ficar comigo para sempre. Eu só vi o Prince uma outra vez além disso. Nós só sorrimos e dissemos olá. E quando eu ouvi que ele havia falecido, eu sentei no meu carro sozinho, chorando, me sentindo ao mesmo tempo abençoado por ter compartilhado esses momentos com ele, e de coração partido por não haver mais. Nunca haverá outro igual a ele. Tivemos muita sorte de tê-lo enquanto o tivemos. Eu sinto muito a sua falta.