No último dia 4 de Abril, Cazuza teria completado 62 anos de idade. Além disso, 2020 é o ano em que sua morte completa três décadas. Um grande marco na música nacional dos anos 80, seu fim precoce pegou muitos de surpresa. Mesmo assim, ele nos deixou de presente vários hits que envelheceram muito bem nesses 30 anos, sejam eles faixas do Barão Vermelho ou de sua frutífera carreira solo.
Foi em homenagem a esse grande artista que a Som Livre lançou o projeto Faz Parte do Meu Show: Cazuza em Bossa. Protagonizado pelos músicos Leila Pinheiro (piano), Roberto Menescal (guitarra) e Rodrigo Santos (baixo), o grupo gravou novas versões de alguns dos maiores hits de Cazuza, hoje considerados clássicos da música brasileira.
“O processo foi muito bacana. Teve muita química e diversão. Eu sigo aprendendo diariamente com eles. O resultado ficou lindo e finalmente chegou a hora das pessoas conhecerem,” comenta Rodrigo sobre o lançamento do disco, que conta com 8 releituras.
Do Barão Vermelho à carreira solo
A seleção das faixas contempla toda a carreira do cantor, incorporando alguns de seus maiores sucessos. Apesar de homenagear majoritariamente a sua carreira solo, duas das faixas são da época do Barão: “Por Que a Gente É Assim?” (1984) e “Pro Dia Nascer Feliz” (1983).
As demais faixas foram lançadas por Cazuza entre 1985 e 1989, período no qual o cantor gravou cinco discos. São elas “Faz Parte do Meu Show” (1988), “Preciso Dizer Que Te Amo” (1987), “Codinome Beija-Flor” (1985), “O Tempo Não Para” (1988, originalmente lançada pela banda Hanói-Hanói), “Exagerado” (1985) e “Ideologia” (1988).
O projeto ainda teve o aval de Lucinha Araújo, mãe de Cazuza, que acompanhou as gravações de perto. Vale citar que o projeto também inclui uma série audiovisual de clipes, que serão lançados ao longo dos próximos meses.
Turnê ainda sem data
O planejamento para este projeto inclui também uma turnê comemorativa por diversos lugares do Brasil. No entanto, o isolamento social em detrimento da pandemia do coronavírus atrasou um pouco os planos do trio.
“Estamos adorando fazer parte deste lindo projeto e não vemos a hora de sair em campo para levar os shows para o público de todo Brasil”, conta Menescal.
Ainda sobre a importância emocional e artística do projeto, Leila destaca:
Se o público de casa sentir a alegria que eu, Menescal e Rodrigo sentimos ao gravar em bossa essas músicas do Cazuza (e seus parceiros), já terá valido tudo a pena! Viramos de ponta cabeça as harmonias das canções e elas seguem frescas e lindas, fortes e oportunas como sempre, agora com outra pegada. Soam como oito ‘Cazuzas’ no melhor das suas sempre necessárias palavras e atitudes.
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