Conde Baltazar é um artista curitibano que, nos últimos anos, tornou-se conhecido por conta do seu trabalho no ótimo Trombone de Frutas.
Aproveitando a pandemia para mostrar novamente o seu lado solo, ele resolveu lançar um EP chamado Bob Uilson como forma de retratar canções que foram escritas com o músico italiano de mesmo nome em um encontro no país europeu.
Três canções surgiram do encontro do curitibano com o italiano: “O Corpo Cansou”, “Alvorada” e “Killing Love”, e talvez a faixa que estreamos hoje com exclusividade no Tenho Mais Discos Que Amigos! é a que mais se conecta com os tempos bizarros que estamos vivendo e, inclusive, tiveram a Itália como “personagem principal”:
Fomos tomar uma cerveja, trocar ideia, tocar, compor. Acabamos indo para um hotel e passamos três dias juntos. Foi meio como um furacão. No último dia, voltamos para o hotel e ficamos a noite inteira. Mas algumas pessoas na cidade já estavam incomodadas com dois homens juntos e resolveram armar uma confusão. Tivemos que sair correndo. No dia seguinte, acabei indo embora e não voltamos a nos encontrar.
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Conde Baltazar e “O Corpo Cansou”
Com produção de Thiago Ramalho, o músico transpira melancolia através de voz e violão, apoiado pela bateria de João Taborda: “O corpo cansou. O homem é ouro sem cor que leva a vida pra trás,” diz a canção que já se conectaria muito bem com a humanidade pré-COVID-19 e agora faz ainda mais sentido tanto pelo seu tom solitário quanto pelo conteúdo da letra.
Na bagagem emocional, inclusive, Conde Baltazar carrega não apenas a dor da perda do amigo italiano, que faleceu, como também o fato de ter recebido uma fita K7 do companheiro de canções com uma música chamada “Treasure Land”, segundo o próprio, “um recorte, uma foto em movimento em forma de música que fala sobre aquela última noite que os dois passaram juntos.”
O EP será lançado no dia 24, sexta-feira, com quatro faixas. Hoje, antecipamos a canção com exclusividade e você pode apertar o play logo abaixo e se deliciar pelo curioso personagem que é o Conde em cima e longe dos palcos. Dentro e fora do país. Sozinho ou muitíssimo bem acompanhado.
