Música

Corey Taylor fala de shows pós-Coronavírus e cogita Slipknot em locais "intimistas"

Em entrevista, Corey Taylor alou sobre como acredita que será a retomada da indústria da música pós-Coronavírus e não descarta shows em locais pequenos.

Corey Taylor, do Slipknot e Stone Sour
Reprodução/YouTube

O novo Coronavírus ainda está deixando muitas dúvidas sobre a indústria da música, em especial quando se trata da retomada plena das atividades. Até o momento, é impossível prever de forma concreta quando os shows voltarão a acontecer — e as opiniões de especialistas são bem negativas nesse sentido.

Mas nada melhor do que discutir sobre o tema com alguém que vive isso virtualmente todos os dias, como é o caso de Corey Taylor. O vocalista do Slipknot e do Stone Sour conversou com o Rock Feed (via Metal Injection) ao lado de sua esposa Alicia Doves, a dançarina e diretoria criativa do grupo The Cherry Bombs.

Por lá, ele garantiu que o Slipknot irá terminar sua turnê marcada para essa época “não importa o que aconteça” e falou sobre como acredita que essa reabertura da indústria será feita. Confira abaixo!

Futuro da indústria musical

Tudo depende de como iremos reabrir tudo isso. Você quase que tem que fazer o que os cassinos fazem [em Las Vegas], um ‘soft opening’. Basicamente você faz uma abertura antes da grande inauguração e as pessoas passeiam por lá e não está lotado, não está cheio de gente. É só ver o que as pessoas irão curtir e ver se eles estão curtindo o que está sendo oferecido.

Isso é basicamente o que irá ser feito nessa indústria. Terá que haver um ‘soft opening’. Vão rolar alguns shows. Vai ser o teste decisivo para ver o que o mundo está preparado para ter. Provavelmente serão casas pequenas. Porque as pessoas vão estar assustadas pra caralho, cara. Ou talvez shows em locais externos, onde as pessoas não se sentem confinadas. Elas não se sentem tão presas juntas. Haverá um senso de paranoia por um tempo, mesmo depois de um remédio, ou uma vacina.

Então vai levar tempo. Alguns shows vão ter que servir de cobaia e assumir o risco. Se fizermos isso certo, e criarmos esse entusiasmo, provavelmente dentro de um ano, talvez um ano e meio, a gente poderá ver o mesmo entusiasmo para shows ao vivo que tínhamos antes. Porque eu acho que quando as pessoas entenderem que vai ficar tudo bem, as pessoas vão entender que eles não davam valor a coisas como shows, e a experiência de uma apresentação ao vivo vai ser algo que eles vão querer ter. Eles estarão cansados de assistir no YouTube, assistir no celular. Eles vão querer estar na experiência. Eu acho que haverá um verdadeiro renascimento do entretenimento ao vivo.

Slipknot em casas de show pequenas?

Eventualmente, Corey foi perguntado sobre a possibilidade do Slipknot ser uma dessas bandas a assumir o risco e fazer as apresentações em lugares menores para “testar” o público.

Ele respondeu de cara afirmando que “minhas costas doem só de pensar” em ter nove músicos “lunáticos” em um palco pequeno, mas contou que a possibilidade já era estudada antes mesmo da crise:

Eu não sei, talvez. Ajuda se for um local grande, onde podemos colocar todas as nossas merdas. A gente tem um monte de merda agora, que a gente teria que ir até uma loja de guitarras e procurar umas coisas — tipo, ‘Clown, você pega esse kit e dá uma de Frankenstein nele. A gente vai só jogar ali. Não, você não pode cagar nele! [risos].’ Seria engraçado, seria insano.

A gente já falou sobre fazer algo assim por anos, fazer um show das antigas. E fazer um show das antigas de uma forma que a gente usasse os equipamentos antigos também. Mas isso… digo, sei lá, não está próximo de acontecer. Nós teríamos que ter certeza que poderíamos fazer de uma maneira segura, obviamente. Não só de um ponto de vista do coronavírus, eu digo que isso seria IN – SANO. Mas, veremos. Seria insano.