O dia em que Mick Jagger e George W. Bush disputaram um quarto de hotel

Em 2006, George W. Bush teve que desistir de quarto de hotel porque Mick Jagger, grande opositor de seu governo, se recusou a ceder a acomodação. Entenda!

Mick Jagger e George W. Bush
Fotos via Wikimedia Commons

Em tempos um pouco menos polarizados do que hoje, Mick Jagger já era bem vocal sobre seu desgosto com o governo do presidente americano George W. Bush — em especial em relação às investidas no Iraque.

Por isso, o líder dos Rolling Stones não perdeu uma oportunidade única de atazanar a vida do político. Em 24 de Abril de 2006, o mandatário tinha uma visita marcada a um congresso em Viena, na Áustria, que coincidia com uma apresentação dos Stones por lá.

E foi devido a esse conflito de datas que surgiu a confusão entre a dupla. Tudo porque a equipe da Casa Branca tentou reservar o primeiro andar do luxuoso Imperial Hotel para a comitiva norte-americana, mas Jagger e companhia chegaram primeiro na suíte de aproximadamente US$6.300 por noite (naquele momento).

Como conta uma matéria feita na época, o The Sun soube da confusão por uma fonte confidencial:

Os oficiais da Casa Branca queriam reservar a suíte e todos os outros quartos no primeiro andar. Mas o Mick e os Stones já tinham reservado cada um deles. O pessoal de Bush parecia ter a impressão de que eles iriam ceder os quartos, mas o Mick não iria fazer isso de jeito nenhum.

É, parece que Bush finalmente estava enfrentando um adversário à altura e, no fim das contas, a equipe do presidente foi procurar outra acomodação e aceitou a derrota.

Mick Jagger vs. George W. Bush

Vale lembrar que os Stones estavam justamente na turnê do disco A Bigger Bang (2005), seu último de inéditas até o momento, e que inclui a canção “Sweet Neo Con”, uma crítica direcionada a Bush. Na letra, Jagger canta:

Você se chama de cristão, eu te chamo de hipócrita / Você se chama de patriota, bom, eu acho que você é cheio de merda

É liberdade para todos, a democracia é o nosso estilo / A não ser que você seja contra nós, aí é prisão sem julgamento

Mick, aliás, chegou a admitir publicamente que as críticas eram em referência às políticas do presidente em atividade naquele momento.