Lançamentos

Festivais WEHOO e DoSol vão do indie ao mainstream em lives quentes

Assista aos vídeos e veja como foram as lives de Marcelo Falcão, Cynthia Luz, Froid, Francisco el Hombre, Plutão Já Foi Planeta e mais.

Francisco el Hombre e Cynthia Luz, Froid

Ontem (01) rolou o segundo dia do Devassa Tropical Ao Vivo, o “Festival dos Festivais”.

O evento que vai até domingo está apresentando lives de dois festivais por dia e deu sequência a sua programação com o WEHOO, de Recife, e o DoSol, de Natal.

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Em uma programação recheada que começou às 17 horas e só foi terminar perto da meia noite, teve de tudo um pouco com indie, trap, pop e artistas que estão apenas começando a sua carreira até nomes dos mais consagrados por aqui.

Logo abaixo você pode ter uma ideia de como tudo aconteceu.

Live do Festival WEHOO

Quem deveria abrir a transmissão era a incrível Flaira Ferro em parceria com a banda Biarritz.

Acontece que ela se sentiu mal, inclusive com sintomas da COVID-19, e teve que cancelar a apresentação, dando lugar ao pernambucano Barro.

O músico abriu os trabalhos com sua guitarra, misturando elementos orgânicos e e eletrônicos com uma regionalidade bastante característica que transpareceu no vídeo.

Como o slot era um só para ele e para a outra banda do horário, o show foi curtinho, mas conquistou pessoas que ali estavam dando seus pitacos na caixa de comentários.

Logo depois, então, veio a Biarritz no formato de dupla com guitarra + violão e vozes que entoaram sons voltados ao indie pop cantados em inglês e português.

Francisco, el Hombre + Luê

Na sequência já tivemos um dos nomes mais aguardados do dia já que Mateo representou a Francisco, el Hombre em grande estilo.

Abrindo com a sensacional “Calor da Rua” e falando sobre como todos sentiremos novamente a alegria do “furdunço” quando a pandemia do Coronavírus passar, ele tocou canções emblemáticas da banda incluindo “Bolsonada”, uma crítica contundente ao presidente Jair Bolsonaro lançada antes mesmo dele se eleger para o cargo máximo do país.

No meio da performance, Mateo colocou uma máscara onde estava escrito “E daí?”, fazendo referência ao descaso de Bolsonaro em relação aos mortos pela COVID-19 no país.

Em outro momento, quando tocou a belíssima “Sincero” com letras em espanhol, também fez referências ao presidente e a nomes como Olavo de Carvalho.

Quem apareceu ao seu lado foi Luê e o casal também tocou algumas de suas canções como a recente “Mais Gostoso Lento”, parceria com Sandro.

Com uma voz incrível, ela fez as vezes de Ju Strassacapa na Francisco, el Hombre ao entoar as sensacionais e belíssimas “Triste, Louca ou Má” e “O Tempo é Sua Morada”, proporcionando momentos memoráveis.

Memorável também foi a despedida com “Batida do Amor”, parceria da Francisco com o BRAZA e, segundo Mateo, a mais pedida pelos fãs para a live.

 

Cynthia Luz e Froid

A segunda metade do WEHOO veio com muito mais apelo popular e começou com o também casal formado por Cynthia Luz e Froid.

Ligados a estilos como o trap, os rappers fizeram uma apresentação à la rap acústico para um público impaciente que em alguns momentos beirou a falta de educação ao pedir para que a apresentação anterior fosse cortada.

De qualquer forma, os dois apresentaram uma química interessante ao entoarem canções próprias e parcerias, já que lançaram diversos feats colaborativos entre si nos últimos tempos.

Canções como “Garota”, “Sol”, “A Culpa é Das Igrejas” e “Peita de Dar Rolê” deixaram a caixa de comentários movimentadíssima e um dos pontos altos veio quando a cantora mostrou todo o talento de sua incrível voz rouca para uma cover de “Malandragem”, da Cassiar Eller.

https://www.youtube.com/watch?v=Vt3EJYPPZNc

 

Marcelo Falcão

Infelizmente a live de Marcelo Falcão foi marcada por problemas técnicos que fizeram com que um ruído intermitente fosse transmitido junto com a sua apresentação.

Por isso, ela foi dividida em duas, mas mesmo com o problema teve caráter histórico, já que o vocalista da saudosa banda O Rappa parecia estar em um clima nostálgico, querendo falar bastante a respeito da banda.

Ele o fez através de lembranças como premiações da MTV Brasil, o disco Lado B Lado A (1999) e o colega Marcelo Yuka.

Antes de “Minha Alma”, por exemplo, ele chamou Yuka de “enviado de Deus” e contou a história sobre como a canção surgiu.

Em outro momento, celebrou mais um amigo que se foi quando tocou “Céu Azul”, do Charlie Brown Jr., uma homenagem a Chorão.

Por conta dos problemas técnicos, a live de Marcelo Falcão será exibida novamente hoje (02) às 16 horas como um compacto.

 

Festival DoSol

O festival DoSol acontece há longos anos em Natal, Rio Grande do Norte, e a ideia aqui foi celebrar vários dos seus principais artistas locais.

Quem deu o pontapé inicial na transmissão foi a sempre ótima Plutão Já Foi Planeta, no formato de dupla com a vocalista/guitarrista Natália Noronha e o baterista Renato Lellis.

Com grandes canções e refrães, a doce voz de Natália nos guiou por momentos incríveis em canções como “Mesa 16”, “Viagem Perdida” e “Estrondo”.

 

 

Luísa e os Alquimistas

O clima deu uma guinada completa quando a atração seguinte, Luísa e os Alquimistas, assumiu o palco virtual do festival DoSol.

Com ela vieram batidas dançantes, letras quentes, temas proibidos para menores e a primeira oportunidade da noite para afastar os móveis da sala e dançar, algo que tomaria conta da transmissão dali pra frente.

Ali, Luísa mostrou que não apenas lançou um dos melhores discos nacionais de 2019 com Jaguatirica Print como também tem um show pra lá de quente a oferecer.

Potyguara Bardo

A festa e a dança continuaram firmes e fortes quando Potyguara Bardo seguiu levando os sons do Rio Grande do Norte para a tela do Devassa Tropical Ao Vivo.

Com muito bom humor, a drag fala sobre sofrência, existencialismo e diversas outras questões pessoais de uma forma particular e divertida, combinando tudo com uma apresentação que cativa desde o primeiro minuto.

Em certo momento, Potyguara pediu até a companhia de um unicórnio para seguir em frente no meio da sua bela sala com tons de roxo.

Heavy Baile

 

O DoSol deixou o Nordeste ao seu final para dar espaço ao pesadíssimo Heavy Baile, que já no nome deixa bem claro como é cada uma de suas apresentações.

Representados aqui por Leo Justi e MC Tchellinho, o grupo conhecido por apresentações explosivas não deixou barato e mandou ver em uma sequência repleta de petardos voltados a estilos como o funk carioca.

Vieram homenagens das mais diversas a nomes como MC Carol e o rapper Djonga, com um trecho da fenomenal “Olho de Tigre”.

A apresentação teve momentos carregados de referências ao sexo e outras repletos de declarações políticas e sociais, principalmente falando sobre as condições da população que vive nas favelas e a violência policial.

Em certo momento, a banda celebrou a vitória de Thelma no Big Brother Brasil, dizendo que seu troféu significou o troféu de muita gente.

O Devassa Tropical Ao Vivo continua hoje (02) com os festivais Carambola e Se Rasgum trazendo lives de Zeca Baleiro, Ana Cañas, Chico César, Jards Macalé e mais.

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