Regina Duarte relativiza mortes e tortura em entrevista bizarra; assista

Em entrevista ao canal CNN Brasil, a Secretária de Cultura e atriz, Regina Duarte, falou de ditadura, Hitler e deu "chilique" ao final. Assista aos vídeos.

Regina Duarte

Há alguns minutos a Secretária de Cultura Regina Duarte esteve na CNN Brasil para uma entrevista.

Acontece que aparentemente a atriz está completamente descolada da realidade e não quis falar sobre questões relativas às suas responsabilidades, fugindo sempre dos questionamentos, tentando emplacar suas próprias pautas e até cantarolando.

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Em um dos momentos mais tristes da conversa, Regina entoou “Pra Frente Brasil”, música conhecida por ter sido usada para apoiar a seleção brasileira de futebol na Copa do Mundo de 1970.

Dentro desse contexto, Duarte começou falando que acredita que Jair Bolsonaro era e continua sendo a melhor opção do país, e que não quer “olhar pra trás” quando as pessoas dizem que o presidente “fez isso e fez aquilo”:

Se eu olhar pro retrovisor pode dar trombada. Eu posso cair em um precipício ali na frente. Tem que olhar pra frente, tem que ser construtiva. Tem que amar o país. Que que eu tenho hoje? Eu tenho isso? Então é com isso que vou lidar.

Ficar cobrando coisas que aconteceram nos Anos 60, 70 e 80? Gente, vamo embora né? Vamo embora pra frente?

Quando o repórter diz que essa época foi triste por causa da ditadura, das torturas e das mortes, ela falou:

Cara, desculpa, eu vou falar uma coisa assim. Na humanidade, não para de morrer. Se você fala ‘vida’, de um lado tem ‘morte’. Por que as pessoas falam, ‘oh, oh, oh’.

O repórter destaca então as torturas, e a Secretária de Cultura diz:

Bom, mas sempre houve tortura, sempre houve… meu deus do céu. Stalin, quantas mortes? Hitler, quantas mortes? Se a gente for ficar trazendo as mortes, arrastando um cemitério… Não quero arrastar um cemitério de mortos nas minhas costas. Não desejo isso para ninguém. Sou leve, viva, estamos vivos, vamos ficar vivos.

Continua após o vídeo

Regina Duarte na CNN

Ao final da entrevista, a CNN começou a mostrar um vídeo da atriz Maitê Proença, que iria pedir para que Regina conversasse com a sua classe, a classe que representa no cargo que ocupa, a dos artistas.

O vídeo gravado hoje à tarde mal começou e a Secretária “deu um chilique”, como ela mesmo descreveu, falando que o canal de televisão estava “desenterrando” coisas. Aparentemente a atriz achou que esse era um vídeo publicado anteriormente, mas na verdade ele foi feito especialmente para essa ocasião, como uma forma de diálogo.

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Assim, a entrevista acabou de forma bizarra e desenhou um retrato bastante fiel do que a cultura significa para o atual governo federal.

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