Ian Anderson (Jethro Tull) está lidando com "doença pulmonar incurável"

Em entrevista, o lendário Ian Anderson comentou que está lidando com uma doença incurável e que seus dias estão contados, mas revelou estar bem no momento.

Ian Anderson Jethro Tull
Foto via Wikimedia Commons

Ian Anderson, uma das maiores lendas vivas do Rock Progressivo e líder do Jethro Tull, deu uma notícia ruim aos seus fãs.

Em entrevista a um programa da AXS TV (via Louder), o vocalista, flautista e violonista revelou que está lidando com uma doença pulmonar crônica e incurável:

Eu vou te falar algo que eu nunca falei para ninguém em público antes — eu estou lidando com uma doença pulmonar incurável com a qual eu fui diagnosticado uns dois anos atrás. Eu estou sofrendo. Eu tenho o que são as chamadas exacerbações — períodos em que eu pego uma infecção que se transforma em uma bronquite severa e eu tenho talvez duas ou três semanas em que é um trabalho muito difícil subir no palco e tocar.

Por outro lado, ele deixa claro que está vivendo um momento bom nesse sentido de saúde. Ian conta que já são 18 meses sem entrar em um desses períodos de crise, porém infelizmente admite que seus dias estão contados:

Estou cruzando os dedos, já são 18 meses agora sem uma exacerbação e eu estou tomando remédios. Se eu me mantiver em um ambiente razoavelmente sem poluição em termos de qualidade do ar, eu fico ok. Mas meus dias estão contados. Ainda não está no ponto que afeta meu dia-a-dia — eu ainda consigo correr pra pegar o ônibus.

Ian Anderson e sua doença pulmonar

Questionado sobre qual doença está enfrentando, o músico respondeu que se trata do que é conhecido como Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (COPD, em inglês) e explicou como acredita que desenvolveu esse problema:

Ela é popularmente chamada de COPD, na qual você perde alguma capacidade dos seus pulmões de te dar oxigênio suficiente. Eu passei 50 anos da minha vida no palco no meio daquelas coisas malditas que eu chamo de máquinas de fumaça. Hoje, elas são educadamente chamadas de ‘hazers’, como se elas fossem de alguma forma inocentes e não estivessem causando danos ao seus pulmões. Eu realmente acredito que essa é uma parte muito significante do problema que eu tenho.

Em relação ao seu prognóstico, ainda que saiba que seus dias estão contados, Anderson parece determinado a não desistir. Aliás, esse parece ser o remédio mais eficiente, segundo ele:

No minuto que você se acomodar e disser, ‘Eu não consigo mais fazer isso’, é um caminho sem volta. A resposta é continuar indo em frente. [O jeito é] Lutar até o fim — usar o máximo do poder dos seus pulmões enquanto você tiver a sorte de tê-los e empurrá-los ao limite o tempo todo.

Você pode conferir o trecho em questão pelo vídeo a seguir.