Música

Sammy Hagar não irá esperar vacina da COVID-19 para fazer shows: "é uma gripe"

Aos 72 anos, Sammy Hagar não quer esperar uma vacina para voltar a fazer shows e comparou a COVID-19 a um "resfriado ou pneumonia".

Sammy Hagar, ex-vocalista do Van Halen, mal pode esperar para voltar a fazer shows e acredita que isso deve acontecer antes mesmo de termos uma vacina contra a COVID-19.

Aos 72 anos, ele conversou com a Rolling Stone (via Loudwire) e deixou bem claro que “não se importaria em tocar em um anfiteatro aberto”, inclusive já tendo entrado em contato com alguns produtores culturais:

Se tudo se acalmar e parecer OK, eu não me importaria de tocar em um anfiteatro aberto. Eu já falei com os produtores e os poderosos que são donos desses lugares. Eu disse, ‘E se colocarmos coisas de esterilização pra todo lado? Álcool gel, também. E distribuir máscaras.’ Eu não estou falando de agora. Eu estou falando de quando começar a reabrir. Em um local grande, aberto, vender só 10 mil de 19 mil [ingressos].

Apesar de não acreditar ser necessário esperar por uma vacina e classificar a COVID-19 como “uma gripe”, Sammy diz que precisa ter certeza que as coisas não estão piorando antes de dar esse passo:

Eu quero ter certeza que não está piorando. Quando estiver em declínio e parecer estar indo embora. Tipo, é uma gripe, eu acho, a não ser que tenha algo aí que eu não saiba… É tipo um resfriado ou pneumonia. Alguém sempre está pegando algo.

Sammy Hagar, Coronavírus e preocupação com a economia

Em outro trecho da conversa, Hagar também fala sobre suas preocupações com a economia e com as pessoas em situação de rua em cidades americanas, além de dizer que “essa coisa econômica irá matar mais pessoas no longo prazo”:

Isso é difícil de falar sem deixar alguém puto comigo, mas de verdade, eu prefiro que eu mesmo fique doente e mesmo que eu pessoalmente morra, se precisar disso. A gente precisa salvar o mundo e esse país dessa coisa econômica que vai matar mais pessoas no longo prazo. Olhe para as pessoas em situação de rua. Se você quer falar de uma pandemia, o problema das pessoas em situação de rua em cidades como Los Angeles, San Francisco e Chicago… Eu estive pelos EUA inteiro, cara. Está crescendo mais rápido do que qualquer outra coisa.

Eu vou morrer para que meus filhos e meus netos possam ter uma vida minimamente próxima à vida que eu tive nesse maravilhoso país e liberdade. Essa é só a maneira como me sinto sobre isso.

Mesmo assim, o vocalista admite que está cedo demais para pensar em voltar aos palcos. Segundo ele, é preciso pelo menos passar pelo Verão nos EUA (Inverno por aqui) e ver uma diminuição no número de casos — mas não de mortes, afinal “pessoas morrem todos os dias”:

Vamos passar por esse Verão e ver como as coisas estarão. Se estiver melhorando um pouco e os números estiverem caindo… Não no sentido de pessoas morrendo, mas de pessoas contraindo o vírus. Pessoas morrem todos os dias. Quantas pessoas morrem na Terra todo dia? Eu não tenho ideia. Só por causa desse vírus, provavelmente não é muito mais gente que morre de algo. Eu sinto muito por dizer isso. Mas todos nós precisamos morrer, cara.