Conversamos com Sorry, duo inglês que deveria estar na sua playlist

Entrevistamos por e-mail o duo britânco Sorry, que lançou o ótimo disco "925", sobre música, quarentena e maturidade na arte.

Sorry - duo britânico
Foto: Divulgação / Sam Hiscox

Sorry é um ótimo inglês que deveria estar na sua lista e discos para ouvir esse ano. No começo do ano eles lançaram o disco 925, que mescla eletrônico, indie e rock alternativo em imagens urbanas surrealistas, idílicas e intensas, criando um novo modo de pensar uma experiência psicodélica.

Formados por Asha Lorenz e Louis O’Bryen, eles produziram o disco com James Dring (Gorillaz, Jamie T, Nilüfer Yanya) e trocaram uma ideia por e-mail conosco sobre música, o disco e esse momento doido que estamos vivendo.

Confira nossa conversa com Asha.

TMDQA: Olá! Tudo bem? Como está a quarentena por aí?

Sorry: Estou bem, tentando ouvir mais rádio para tentar descobrir novas músicas. Estou tentando criar pedaços de músicas todos os dias, ou tentar finalizar coisas antigas, mas para ser honesta, nada me animou ainda. Tenho lido e tentado andar um pouco.

TMDQA: Falando sobre as canções, eu sinto um clima de “trilha sonora do fim do mundo”. Você concorda?

Sorry: Sim, um pouco. Algumas das músicas soam meio apocalípticas, principalmente se você canta junto… Mas espero que não todas! (Risos)

TMDQA: Compor é um modo de se manter sã nesses dias?

Sorry: Tocar e fazer música é uma distração, mas, para ser honesta, acho difícil escrever o tempo todo. Ainda mais nesses momentos que a rotina e as relações com as pessoa estão tão diferentes… Estar com as pessoas é essencial para que eu crie.

TMDQA: Muitos discos de estreia são uma coleção de tudo que o artista criou até aquele momento. Foi assim com vocês? Você acha que sua versão mais jovem estaria orgulhosa do que se tornou agora?

Sorry: Acho que sim! Bem, demoramos um tempo para saber como e o que queríamos fazer com o álbum, para que fosse um bom equilíbrio entre o que é o show ao vivo e a maneira como produzimos. E sobre as músicas, tem coisas de adolescência até semanas antes do começo da gravação. Escolhemos cuidadosamente para que cada música fosse um pouco sua própria entidade, mas que todas trabalhassem juntas de alguma forma.

TMDQA: Você tem mais discos que amigos? Algum disco em especial que sempre foi um amigo?

Sorry: Nossa, sim! Tenho muitos, um que sempre está por perto é o DSU, do Alex G.