Cultura

The Beatles: museu conclui que a Penny Lane não tem histórico racista

Após muito estudo e uma quase mudança de nome, foi comprovado que a travessa Penny Lane, famosa na música dos Beatles, não homenageia vendedor de escravos.

Penny Lane, em Liverpool
Foto Stock via Shutterstock

Os fãs do Beatles, principalmente da faixa “Penny Lane” (1967), já podem respirar aliviados. Não, a famosa alameda não tem conexões com um vendedor de escravos, no fim das contas!

Como te contamos por aqui, uma verdadeira discussão se formou nos últimos dias acerca das origens do nome da travessa. Tudo isso porque, há algumas semanas, uma das placas que marcam o lugar foi pichada e ligou o nome ao escravocrata James Penny.

Agora, após dias de estudos e muitas descobertas, a cidade pode dizer com tranquilidade que não, Penny Lane não tem bases racistas. O prefeito de Liverpool chegou até a considerar mudar o nome da travessa caso a ligação fosse confirmada. Já pensou?

De acordo com este artigo da Loudwire, o historiador Richard MacDonald liderou um grupo que comprova a primeira menção à travessa — ela aconteceu na década de 1840, quando a alameda ainda era conhecida como Pennies Lane. Para explicar a não-ligação, MacDonald ainda diz que James Penny morreu em 1799, mas já tinha uma rua com seu nome em Ulverston, Cumbria. O historiador ainda afirma que não seria comum um lugar tão rural à época receber um nome como este.

Richard ainda afirma estar impressionado com a atenção da mídia a isso, já que estuda a origem de ruas há mais de uma década. “Não estamos acostumados a esse interesse maior da mídia nos nomes das ruas que remontam a isso, você sabe, aos séculos de 1700 e 1800 — não é algo que chega aos noticiários com facilidade,” ele completa.

Menção ao racismo retirada

A alameda Penny Lane estava exposta no Museu Internacional da Escravidão, justamente pelo suposto vínculo com James Penny. Agora, o museu avisou que já retirou o lugar de seu histórico:

Isso será um alívio para os fãs dos Beatles e para o setor de turismo local, mas também significa que o Museu da Escravidão pode continuar com o excelente trabalho que eles fazem para educar, informar e nos ajudar a aprender com a história.

Já a origem verdadeira do nome da alameda continua um mistério.

Nós do TMDQA! publicamos um artigo recentemente falando sobre suas possibilidades e você pode ler a pesquisa por aqui.