O Brasil é o país que mais ouve músicas tristes na quarentena.
Uma nova pesquisa realizada pelo DeltaFolha comprovou o que muitos já sabiam: não está nada fácil para o brasileiro, que obteve o maior índice de “variação de tristeza” entre 34 países analisados.
Usando os números do Top 200 do Spotify nesses países, o instituto chegou à conclusão de que a lista brasileira é a que possui mais músicas consideradas triste. Para definir isso, é considerada a “valência”, ou seja, a métrica que “identifica por algoritmos traços melódicos das canções para classificar as faixas como mais ou menos felizes”.
Brasil e músicas tristes
É fato que o isolamento social em si prejudica algumas das canções com maior valência, como as de Pop ou Funk, que geralmente são escutadas em festas e coisas do tipo.
Ainda assim, algumas novas músicas nesses estilos conseguiram ser emplacadas. É o caso de “Na Raba Toma Tapão”, do MC Niack, e de Pabllo Vittar, ainda que esta tenha entrado no Top 200 com algumas faixas menos entusiasmadas como “Salvaje” e “Ponte Perra”.
As canções com temas de quarentena também fizeram sucesso, como conta a pesquisa. “Me Conta da Tua Janela”, de Anavitória, e “Você pra Sempre em Mim”, de Tiago Iorc, estão entre elas; entre os internacionais, The Weeknd emplacou um dos hits da quarentena por aqui com a triste “Alone Again”.
Outro fator que influenciou no ranking foi o surgimento dos protestos antirracistas através do mundo, dando mais ibope para canções relacionadas às manifestações como “Alright”, de Kendrick Lamar, e “This Is America”, de Childish Gambino — ainda que nenhuma destas seja exatamente nova.
Você pode ver o resultado completo da pesquisa nesta matéria, mas foi possível definir quais foram os três hits da quarentena. Além de “Alone Again”, a clássica “Tempo Perdido”, do Legião Urbana, voltou a fazer muito sucesso e “A Boba Fui Eu”, romântica canção de Ludmilla, também se destacou.
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