Cultura

Stevie Wonder critica Donald Trump em discurso inflamado: "um dia você vai se arrepender"

Em vídeo poderoso, Stevie Wonder criticou Donald Trump e disse que ele irá se arrepender de suas ações, além de defender o "Black Lives Matter". Veja!

Stevie Wonder
Reprodução/Facebook

Stevie Wonder compartilhou uma mensagem poderosa em seu Facebook (via Ultimate Classic Rock) nesta terça-feira (23).

Falando sobre o feriado de “Juneteenth”, que representa o fim da escravidão nos EUA, o lendário cantor criticou aqueles que “enxergam menos que ele”, em referência à sua cegueira, e deixou claro ao presidente Donald Trump, mesmo sem citar seu nome, que um dia ele irá se arrepender de todas as suas declarações:

Eu ouvi a pessoa no maior lugar dessa nação dizer, ‘Há ótimas pessoas dos dois lados’. Isso soa como alguém que evita se comprometer. ‘Eu tenho um ótimo relacionamento com os Negros’. Manifestantes pacíficos chamados de ‘bandidos’, imigrantes chamados de ‘estupradores’. E em relação ao lugar em que a civilização teve início, a África, eu ouvi esse comandante chamá-lo de um buraco de m-e-r-d-a. Uau. Um dia, você com certeza vai se arrepender.

Stevie lembrou que esse é um ano eleitoral nos EUA, falando que “aqueles que se importam” devem “mexer mais do que suas bocas” e ir votar, já que “o futuro está em suas mãos”. Ele ainda reforçou que “o universo está nos assistindo”, como se dissesse que a justiça será feita por este.

Stevie Wonder e Black Lives Matter

https://www.facebook.com/StevieWonder/videos/2785475098349533

Naturalmente, ao falar do “Juneteenth”, Stevie Wonder reforçou a importância do movimento Black Lives Matter, que ganhou muita força com os protestos após a morte covarde de George Floyd.

Ele chamou a atenção dos três estados dos EUA que ainda não reconhecem a data e diz que o debate em relação ao feriado era algo que ele “não estava disposto a perder”, além de agradecer a ajuda dos aliados:

Ainda há três estados que não o reconhecem [em referência ao Juneteenth]: a Dakota do Norte, a Dakota do Sul e o Havaí. Como foi celebrar a liberdade pela qual ainda estamos lutando? Pareceu, e ainda parece, muito familiar. [O debate sobre o feriado] Era uma luta que eu não estava disposto a perder. […] Era uma luta à qual muitos de vocês se juntaram, e eu os agradeço. Mas aqui estamos de novo, e de novo, e de novo e de novo. [No entanto,] Se a vida pode ter um fim, todas as coisas podem ter um fim. O racismo sistêmico pode ter um fim. A brutalidade policial pode ter um fim. A repressão econômica de pessoas negras e marrons pode ter um fim. As pessoas podem ter um fim. Um movimento sem ação é um movimento que fica parado. […] As vidas negras importam, sim. E isso não é mais uma hashtag ou moda digital do momento. São as nossas vidas, literalmente. Sim, todas as vidas importam. Mas elas só importam quando as vidas negras importam também.

Que palavras, hein?