Quando lembramos do Nirvana, é impossível não pensar na entrada de bateria de “Smells Like Teen Spirit” eternizada por Dave Grohl.
Mas o cara não foi o primeiro baterista da banda e, segundo uma entrevista recente ao programa de Mark Wilkinson no Apple Music (via Classic Rock), a sua insegurança atacou com força quando o grupo passou a fazer muito sucesso.
Para Dave, a química musical rolou desde cedo. Mas ele ressalta que as coisas aconteceram rápido demais:
Quando eu entrei no Nirvana, eu fui o quinto baterista deles. Eles tinham um time de bateristas antes de mim e alguns deles estavam mais na banda do que outros. Então quando eu entrei, eu não sabia nada sobre Krist Novoselic ou Kurt Cobain.
Quando nos conhecemos pela primeira vez e começamos a tocar, ficou claro que aquilo funcionava muito bem, e nós soávamos como a maioria das pessoas sabe que soa o Nirvana hoje em dia. Mas você só conhece essas pessoas e não demorou muito… foi quase exatamente um ano entre quando eu entrei para o dia que saiu o ‘Nevermind’. Quando saiu, foi tipo, coisas acontecendo rápido demais.
A banda ficou muito grande. Mas todas as bandas em que eu estive antes eram com amigos que eu conhecia de muito tempo, então havia alguma segurança em relação a isso.
Dave Grohl demitido do Nirvana?
Ainda no mesmo papo, Grohl ressalta que foi justamente por essa rapidez que ele teve muito medo de ser demitido. Ele admite que a falta de uma “conexão pessoal profunda” o deixava muito nervoso:
Quando você entra em uma banda na qual você não conhece ninguém… você está só começando a conhecer um ao outro, e tudo soa bem quando você toca músicas, você está apenas começando a conhecer um ao outro, mas não há uma conexão pessoal profunda — e aí a banda fica grande muito rapidamente.
Você fica tão nervoso de que será demitido ou isso vai acabar. Eu basicamente não queria ser demitido. E então eu estava fazendo meu melhor pra impedir isso de ir embora. Então havia essa insegurança real que eu tinha, tipo, ‘Eu não sou bom o suficiente. Eles vão encontrar outra pessoa’.
Já pensou?