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LISTA: 25 riffs dos Anos 80 que mudaram a história da música

Poucas coisas na música são mais marcantes do que os riffs, e o TMDQA! preparou um especial para viajar nas décadas musicais por eles. Reviva os anos 80!

20 riffs dos Anos 80
Fotos via Reprodução/YouTube e Reprodução/Instagram

Poucas coisas dizem mais sobre a música de uma determinada época do que os famigerados riffs.

Os fraseados que ditam o ritmo, tom, e muitas vezes até a melodia de canções que dominam as paradas ficam marcados por anos e anos e são eles que tornam aquelas músicas instantaneamente reconhecíveis, mesmo se ela não tiver um refrão tão grudento.

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Vale lembrar, aliás, que pela definição do New Harvard Dictionary of Music um riff é uma “progressão de acordes ou refrão repetida na música”, de forma que pode ser “um padrão, ou melodia […] que forma a base ou acompanhamento da composição musical”.

É claro, portanto, que o próprio conceito em si foi variando muito ao longo dos anos e lá nos primórdios era muito mais difícil que tivemos os riffs como os conhecemos hoje, bem definidos e geralmente mais escancarados ao ouvinte geral.

É esse o objetivo dessa próxima série de listas que montaremos aqui no TMDQA!: promover um passeio pela história da música por meio dos riffs, celebrando desde os anos 1950 onde eles eram pouco comuns até os anos 2010, e sem se limitar a um único estilo ou instrumento.

Até o momento, fizemos listas com 20 riffs em cada. Isso porque nas décadas de 50, 60 e 70 o recurso ainda não era tão amplamente utilizado quanto hoje e acabava mais restrito à guitarra, quando aparecia. Com o tempo, principalmente desde 1980, outros instrumentos também foram passando a ter riffs famosos e portanto daqui pra frente nossas listas terão 25 canções!

Hoje, vamos justamente mostrar como isso aconteceu através da evolução dos riffs nos anos 80. Confira a nossa seleção logo abaixo (em ordem cronológica)!

Rush – “The Spirit of Radio” (1980)

Rush tem um catálogo absurdo de riffs para escolhermos graças ao muitas vezes subestimado Alex Lifeson, mas por mais que “Tom Sawyer” e “Limelight” sejam verdadeiros ícones, o tema de “The Spirit of Radio” é simplesmente um absurdo por aliar técnica, musicalidade e criatividade de uma forma totalmente pioneira. Vale ressaltar que a música foi lançada promocionalmente em Dezembro de 1979, mas só chegou ao público em geral em 1980. Tá valendo!

AC/DC – “Back in Black” (1980)

O falecimento de Bon Scott fez com que o AC/DC precisasse se reinventar, e com o passar do tempo vimos que Brian Johnson não deixa a desejar. Mas é claro que um elemento mantém a banda coesa entre suas duas fases: as incríveis guitarras dos irmãos Angus Malcolm Young, que ecoam com perfeição no inesquecível riff de “Back in Black”, um tributo ao próprio Scott.

Joy Division – “Love Will Tear Us Apart” (1980)

Quando se fala em riffs e baixistas, Peter Hook é (ou deveria ser) um dos primeiros nomes a surgir. A linha de “Love Will Tear Us Apart” é o grande exemplo disso, sendo quase um clímax em meio a todas as excelentes frases que compunham as músicas do Joy Division e abrindo caminho para o excelente trabalho do cara no New Order em anos subsequentes.

Ozzy Osbourne – “Crazy Train” (1980)

Logo depois de sua saída do Black Sabbath, muitos não sabiam bem o que esperar da carreira solo de Ozzy Osbourne. O que ninguém esperava, talvez, é que seria Randy Rhoads quem roubaria a cena para si no excelente Blizzard of Ozz, nos deixando algumas das linhas de guitarra mais memoráveis da história antes de seu precoce falecimento. A maior delas, sem dúvida, o riff de “Crazy Train”.

Journey – “Don’t Stop Believin'” (1981)

Ainda trazendo muita influência do Rock setentista, o Journey criou talvez o riff de piano mais reconhecível da história na inesquecível “Don’t Stop Believin'”, que a cada década parece se tornar mais popular.

The Clash – “Should I Stay or Should I Go” (1982)

Sendo até “plagiada” pelos Mamonas Assassinas, “Should I Stay or Should I Go” é até hoje um dos riffs mais reconhecíveis do Rock, quanto mais do Punk. Mesmo se você começar a tocá-lo para alguém que pouco conhece o gênero, é bem provável que essa pessoa pelo menos comece a cantarolar os acordes — sinal do sucesso. Não podemos esquecer da repopularização mais recente, graças ao seriado Stranger Things. Essa vai viver pra sempre!

Joan Jett & the Blackhearts – “I Love Rock’n’Roll” (1982)

Hoje em dia a maioria das pessoas sabe que “I Love Rock’n’Roll” é de autoria de Alan Merrill, com a sua primeira versão sendo gravada pelos Arrows em 1975. Mas a música ganhou nova vida com Joan Jett e sua banda, e muito disso se deve à atualização no riff que passou a soar como uma ponte entre o Punk e o Rock. Escolha a versão que quiser, o importante é que essa música seja lembrada!

Michael Jackson – “Beat It” (1982)

Muito se fala sobre o incrível solo de Eddie Van Halen em “Beat It”, e com toda razão. Mas o trabalho de Steve Lukather, que dedicou boa parte da sua vida à sua carreira no Toto, é deixado muito de lado e chega a ser uma injustiça que seu impressionante riff tenha parado na mesma música que o solo de EVH, já que leva muitos a pensar que toda a guitarra da canção é deste.

Iron Maiden – “The Trooper” (1983)

“The Trooper” é uma verdadeira revolução no gênero do Metal. O riff que mais se assemelha a uma “conversa” entre as guitarras de Dave Murray Adrian Smith e o baixo de Steve Harris viria a influenciar gerações a fio, além da música se tornar um hino que une praticamente qualquer metaleiro vivo.

Os Paralamas do Sucesso – “Vital e Sua Moto” (1983)

“Vital e Sua Moto” pode não ser o maior sucesso (risos!) d’Os Paralamas do Sucesso, mas a canção praticamente marcou a chegada do Ska ao Brasil e importou uma sonoridade que até então era quase inexistente por aqui. Isso viria a ser mais explorado nos trabalhos subsequentes, mas não é exagero dizer que o primeiro e talvez mais importante passo foi esse.

The Smiths – “This Charming Man” (1983)

Você pode até não gostar do famoso Indie Rock, que se popularizou com força nos anos 2000 especialmente no Reino Unido, mas é preciso reconhecer a importância de Johnny Marr e de “This Charming Man”, que praticamente abriram as portas para toda essa geração de bandas que crescemos ouvindo.

A-ha – “Take on Me” (1984)

“Take on Me” é um dos primeiros casos em que o riff principal e marcante de uma canção não veio na guitarra nem no baixo, mas sim no sintetizador. Os noruegueses do A-ha praticamente colocaram o Synth Pop em voga e fizeram até os roqueiros mais “true” abrirem mão de suas restrições para curtir o divertido tema da música.

George Michael – “Careless Whisper” (1984)

Você pode não conhecer o nome Steve Gregory, mas você certamente conhece o inconfundível saxofone de “Careless Whisper”. É ele quem toca o instrumento no hit de George Michael, eternizando um dos maiores riffs de saxofone da história!

Marina Lima – “Fullgás” (1984)

“Fullgás” é mais um caso de como o baixo pode ser explorado como elemento principal de um riff, e a gravação do lendário Liminha deu o tom à performance incrível e inesquecível de Marina Lima. Pode ter certeza: até mesmo quem mal conhece o instrumento sabe cantarolar a linha da canção, que, aliás, foi inspirada em “Billie Jean”.

Van Halen – “Panama” (1984)

Eddie Van Halen é uma máquina de genialidades na guitarra, e é uma tarefa quase impossível selecionar apenas um riff — ainda mais se contarmos o sintetizador de “Jump” como um. Mas “Panama” é algo simplesmente impressionante, mostrando como toda a técnica de um dos maiores nomes da guitarra pode ser aplicada musicalmente para criar um ritmo espetacular.

Camisa de Vênus – “Eu Não Matei Joana d’Arc” (1985)

Unindo influências do Rock de décadas anteriores com o Punk que chegava com força ao Brasil, o Camisa de Vênus une diversas linhas de guitarra icônicas em “Eu Não Matei Joana d’Arc”; ainda assim, é o riff que serve como tema da faixa que carrega a canção do começo ao fim.

Dire Straits – “Money for Nothing” (1985)

Depois de lançar “Sultans of Swing”, muitos acharam que o Dire Straits já tinha feito seu maior hit e não sustentaria a fama. A parte do hit pode até ser verdade, mas a banda chegou a um patamar muito parecido, se não igual, quando “Money for Nothing” foi lançada e mostrou que Mark Knopfler ainda tinha algumas cartas na manga.

Tears for Fears – “Everybody Wants to Rule the World” (1985)

Diferentemente dos dias mais atuais, a guitarra era presença constante nas músicas Pop dos anos 80. E é justamente ela que comanda o hit “Everybody Wants to Rule the World”, com o excelente Roland Orzabal fazendo uma linha discreta porém inconfundível para abrir a canção.

Bon Jovi – “Livin’ on a Prayer” (1986)

É difícil pensar em qualquer música antes de “Livin’ on a Prayer” que tenha a presença marcante de um talk box, o instrumento usado por Richie Sambora para dar o som que sua guitarra assume na lendária canção de Bon Jovi. Foi uma verdadeira aposta, que deu muito certo somada ao baixo.

Legião Urbana – “Tempo Perdido” (1986)

Sem dúvidas, “Tempo Perdido” é um dos maiores clássicos da música brasileira. E é bastante claro que basta soarem as primeiras notas do riff que abre a música para que qualquer fã da Legião Urbana ou de música em geral saberem do que se trata!

Metallica – “Master of Puppets” (1986)

Você precisa de meio segundo para identificar “Master of Puppets”. Muito provavelmente, as pessoas que em 1986 ouviram o hit do Metallica pela primeira vez precisaram de dias, semanas, ou mais para processar o que tinham acabado de ouvir. O poder do riff de James Hetfield Kirk Hammett era algo espetacular e nunca antes visto, mesmo com a banda já tendo outros sucessos antes disso!

Titãs – “Polícia” (1986)

Um dos maiores hinos do Punk no Brasil vindo de uma banda que não necessariamente se vê associada ao gênero, “Polícia” vê o Titãs absorvendo influências de diversos lugares para chegar no riff que marcou uma geração, tanto que ganhou uma versão do Sepultura anos depois.

Guns N’ Roses – “Sweet Child O’ Mine” (1987)

Guns N’ Roses foi uma verdadeira revolução no Rock, fazendo a ponte que tantos esperavam entre o Rock, mais popular à época, e o Metal, que vinha ganhando espaço. Foi com riffs como os de “Sweet Child O’ Mine” e “Welcome to the Jungle” que isso aconteceu, e selecionamos o primeiro simplesmente por seu status de hino entre os guitarristas.

Living Colour – “Cult of Personality” (1988)

Vernon Reid é um verdadeiro revolucionário na guitarra e seu estilo único, que inspirou inúmeros músicos das próximas décadas como Tom Morello e mais, foi imortalizado no riff de “Cult of Personality”. A canção abre o disco Vivid mostrando o que fez os caras chegarem até ali: força, técnica e groove.

Mötley Crüe – “Kickstart My Heart” (1989)

Você pode até não ser grande fã do Mötley Crüe, mas é impossível refutar a influência que a banda teve em popularizar o Glam e trazer uma sonoridade mais Metal do que nunca ao gênero, que antes era mais associado ao Hard Rock. O riff de “Kickstart My Heart” é o exemplo magnânimo disso e dita o tom de um gênero que serviu como passagem entre os anos 80 e 90.

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