Música

21 Discos nacionais de Rock que fizeram barulho na última década

Para celebrar o Dia Mundial do Rock, resolvemos relembrar alguns discos que mostraram que o gênero está bem representado no Brasil nos últimos anos. Vem!

Discos Nacionais de Rock que fizeram barulho na década

Como você bem deve saber, comemoramos neste dia 13 de Julho o Dia Mundial do Rock.

Para celebrar a ocasião, nós do TMDQA! resolvemos mostrar com algumas listas que esse gênero tão amado por aqui e pelos nossos leitores ainda está muito vivo — seja na memória de legados incríveis ou em uma nova geração que cada vez mais se mostra sensacional.

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Nessa seleção, escolhemos 21 discos que vieram do cenário nacional na última década para provar que, ao contrário do que muitos pensam, o Rock está extremamente vivo dentro do nosso país e vem em diversas formas.

Os álbuns escolhidos entraram na lista por diversos motivos, desde o resgate de uma sonoridade icônica de uma forma interessante até a apresentação de algo completamente novo e encantador que criou um diálogo mais expansivo. Além disso, em alguns dos casos a popularidade e a recepção do público também falaram alto.

Vem com a gente e viaje na lista em ordem cronológica.

Por Tony Aiex e Felipe Ernani

Rancore – Seiva (2011)

Volta Rancore! Brincadeiras à parte, Seiva segue como um dos discos mais legais da última década e viu uma banda que praticamente se resumia ao Hardcore em seus trabalhos anteriores ir em outras direções — sem abandonar as origens, claro, como se vê em faixas como “Escravo Espiritual”.

 

Black Drawing Chalks – No Dust Stuck on You (2012)

Black Drawing Chalks surgiu pouco antes da virada de década, e o excelente disco Life Is a Big Holiday for Us é até hoje um dos grandes do Rock no Brasil. No entanto, muitos deixam passar despercebido o incrível No Dust Stuck on You, que feliz ou infelizmente representou a saída no auge da banda graças a canções como “Famous” e “Cut Myself in 2”.

 

El Efecto – Pedras e Sonhos (2012)

Misturando diversos elementos da sonoridade brasileira tradicional com várias vertentes do Rock, Pedras e Sonhos viu o El Efecto se estabelecer com uma das bandas mais interessantes do Brasil. Infelizmente, talvez seja o trabalho que fez menos sucesso dessa lista — mas isso está longe de desmerecer a qualidade do trabalho, que segue se repetindo e voltou firme com Memórias do Fogo em 2018.

 

O Terno – 66 (2012)

Claro que O Terno se estabeleceu de vez com a chegada de Melhor do Que Parece em 2016, mas quem iniciou os trabalhos foi o ótimo 66, de 2012.

Naquele momento, o grupo se apresentava com uma sonoridade muito mais próxima do Rock dos anos 60 e 70 e foi trabalhando em cima disso que eles alcançaram o sucesso no mainstream.

66 é uma espécie de “pedra fundamental”, digamos assim, e o clipe da faixa título é sensacional.

 

Boogarins – As Plantas Que Curam (2013)

Reconhecido internacionalmente, o Boogarins traz uma mistura especialmente única de elementos do Rock antigo com o som psicodélico em meio às brasilidades que inspiram o grupo goiano. Tudo isso veio forte no disco As Plantas Que Curam, que colocou os caras no radar, e até hoje o quarteto continua trazendo canções cada vez mais espetaculares.

 

Hellbenders – Brand New Fear (2013)

Se o assunto é Rock brasileiro, uma banda que não pode deixar de ser citada é o Hellbenders. Não é à toa que Goiânia virou um antro do Stoner Rock no Brasil, já que o grupo veio junto com o Black Drawing Chalks para mostrar a força do gênero por aqui. E é claro que tudo isso está perfeitamente representado em Brand New Fear, um dos discos mais agressivos da última década!

 

Scalene – Real/Surreal (2013)

O disco duplo Real/Surreal viu o Scalene explorar uma dualidade para se estabelecer no cenário nacional com força. A verdade é que o álbum vai muito além dos sucessos “Surreal” e “Amanheceu”, que ganharam notoriedade graças à participação dos brasilienses no programa SuperStar — ainda que eles também tenham tocado a porrada “Nós>Eles” por lá. Canções como “Karma” e “O Alvo” estão entre as melhores da banda até hoje e trouxeram nova cara ao Rock brasileiro.

 

Far From Alaska – modeHuman (2014)

O riff de “Thievery”, que abre o excelente disco de estreia do Far From Alaska, já mostrava que a banda chegava para mexer de vez com a cena do Rock no Brasil. Cheio de efeitos e importando a sonoridade do Stoner com maestria, a banda logo se estabeleceu como uma das maiores representantes do gênero por aqui e expandiu ainda mais sua sonoridade e sucesso com o ótimo Unlikely (2017).

 

menores atos – Animalia (2014)

Intenso e melódico, pesado e melancólico. Animalia une opostos para colocar o menores atos no mapa com a sua sonoridade surpreendente. Foi preciso pouco tempo para os caras logo se tornarem muito queridos no meio independente, e o sucesso se repetiu com o excelente Lapso (2018) que chegou para mostrar que não foi sorte de principiante.

Animalia é um dos álbuns mais sólidos do rock nacional em muito tempo.

 

Ventre – Ventre (2015)

Ventre é um daqueles fenômenos difíceis de explicar. Do mesmo jeito que chegou sorrateiramente à cena brasileira, foi embora. Ainda assim, com apenas um disco, um registro ao vivo e um EP, o trio conseguiu garantir um espaço histórico na música brasileira já que o disco homônimo de 2015 é um dos melhores álbuns da década dentro ou fora do Rock e traz uma mistura simplesmente única, que dificilmente será repetida com a mesma maestria.

 

BRAZA – BRAZA (2016)

Quando o Forfun acabou, muitos especularam sobre o futuro dos integrantes da banda. Em pouco tempo a situação ficou mais clara e surgiu o BRAZA, que aposta forte na sonoridade Dub mas não abandona as origens no Rock/Hardcore dos cariocas, que vem representada forte em faixas como “We Are Terceiro Mundo” mas pode ser enxergada através de todo o álbum.

 

Ego Kill Talent – Ego Kill Talent (2017)

Como uma espécie de supergrupo com músicos que já passaram por grandes bandas brasileiras, o EKT surgiu fazendo barulho e tornou-se um dos nomes mais importantes do rock independente nacional.

O disco de estreia pavimentou um caminho sólido para o que se tornaria um novo ciclo interessantíssimo com canções inéditas e shows explosivos pelo mundo em 2020, não fosse a pandemia.

 

Molho Negro – Normal (2018)

Falar de Rock no Brasil é falar do Molho Negro, que há anos traz uma das sonoridades mais puras do gênero em uma linguagem mais do que única. Ainda que Não É Nada Disso Que Você Pensou (2017) fosse forte candidato, acabamos optando por Normal (2018) já que o disco conseguiu expandir ainda mais a baita qualidade do trabalho anterior com doses incríveis de sarcasmo e ironia.

 

MULAMBA – Mulamba (2018)

Eleito aqui no TMDQA! como o Melhor Disco Nacional do ano, o disco de estreia da banda curitibana Mulamba foi um baita cartão de visitas nos apresentado por um grupo de mulheres que traziam uma nova sonoridade ao cenário independente e falavam de questões importantíssimas no processo.

Indo desde questionamentos sociais até assuntos particulares, Mulamba abriu portas para que a banda se apresentasse nos quatro cantos do país.

 

Pense – Realidade, Vida e Fé (2018)

O Hardcore brasileiro vai muito bem, obrigado. Já consagrado no meio com seus trabalhos anteriores, o Pense atingiu um novo patamar com o impressionante Realidade, Vida e Fé, um dos grandes álbuns de 2018 e uma pancada do começo ao fim.

 

Dead Fish – Ponto Cego (2019)

Dead Fish é uma das bandas mais estabelecidas — se não a mais estabelecida — da cena Hardcore no Brasil. Ainda assim, os caras mostraram com o incrível Ponto Cego, de 2019, que estão longe de se acomodar no lugar de sucesso que alcançaram. Canções como “Sangue nas Mãos” e “Sombras da Caverna” mostra uma banda tão visceral quanto em seus princípios, usando a energia do Rock para passar sua mensagem tão importante.

 

Fresno – sua alegria foi cancelada (2019)

Um dos grandes méritos da Fresno é sempre se manter atualizada em relação à sua sonoridade, e sua alegria foi cancelada é a prova cabal disso. O trabalho de 2019 vê o grupo expandindo horizontes, desde a pacata e conceitual faixa título até a pancada que é “We’ll Fight Together”. Além de tudo isso, ainda sobrou espaço para emocionar em faixas como “Cada Acidente”, parceria com a Tuyo.

 

Pitty – Matriz (2019)

Outro nome já consolidado, Pitty também se reinventou em Matriz ao, como o nome bem diz, celebrar suas origens.

A cantora e compositora chamou colegas músicos, fez cover de Maglore e apresentou misturas ao seu Rock And Roll que ampliaram os locais e os públicos interessados pela sua obra.

 

Terno Rei – Violeta (2019)

É difícil definir a sonoridade do Terno Rei, que transita constantemente entre o Rock Alternativo, o Emo e diversas outras vertentes. O importante é que depois de dois álbuns promissores em 2014 e 2016, o quarteto paulista se afirmou de vez com o lançamento de Violeta em 2019 e virou um dos grandes queridinhos da cena brasileira.

Não apenas destaque no ano em que foi lançado, o disco com certeza permanecerá por longos anos como um dos mais importantes da música brasileira.

 

Violet Soda – Violet Soda (2019)

O quarteto paulistano surgiu rapidamente, potente e direto como suas canções, e de forma impressionante evoluiu de um primeiro EP com cara de demo até um disco sensacional com potencial para conquistar grandes plateias no Brasil e lá fora.

https://open.spotify.com/album/5zkamfeSZCCFbYMDWzXfJf?si=Kseg5vLjQF2djuvnDoZS4Q

 

Sepultura – Quadra (2020)

Depois de Quadra, não resta nenhuma dúvida de que o Sepultura é a maior banda de Metal da história do Brasil. O grupo prova de uma vez por todas com o excelente disco de 2020 que não se resumia aos irmãos Cavalera, e é com as performances majestosas de todos os integrantes que o trabalho entra para o Hall da Fama de uma das discografias mais recheadas do país.

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