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Boca a Boca: com ótima trilha sonora, Netflix lança produção nacional cheia de psicodelia e intervenções artísticas

Para maiores de 18 anos e com grande elenco, Boca a Boca traz diversos contrastes e aborda vírus que se espalha através do beijo.

Boca a Boca
Foto: Reprodução/YouTube

Estreou na última sexta-feira, dia 17, uma nova série brasileira original Netflix, Boca a Boca, do cineasta Esmir Filho e com grande elenco.

Segundo a sinopse, a produção fala sobre um vírus que se espalha por uma cidade do interior do Brasil através do beijo, mas a verdade é que a série é muito mais que isso e supera o rótulo de “thriller adolescente” que lhe foi impresso no trailer. Tanto que sua classificação indicativa é para maiores de 18 anos.

Começando pela trilha sonora, já que este site se chama Tenho Mais Discos Que Amigos!, ela é incrível e conta com nomes como Baco Exu do Blues e Trupe Chá de Boldo, além dos internacionais Kindest Cuts, The Knife, Sophie, Chromatics, Mary Komasa, Art Fact e mais.

Além, claro, da participação mais que luxuosa de Letrux com a faixa “Vamos Ser o Caos”, feita exclusivamente para a produção e que nós já esperamos que seja lançada oficialmente. Solta a braba, Letícia!

O diretor Esmir Filho fez um post no Instagram falando sobre a criação da trilha sonora da série. Veja:

https://www.instagram.com/p/CCwALZfnp7g/

Boca a Boca, da Netflix

Em Boca a Boca, além do assinante Netflix poder assistir cenas ao som de brasilidades como “Te Amo Disgraça” e “Na Garrafa”, ele também irá mergulhar numa produção com visual futurístico, mesmo que a história se passe numa pequena cidade do interior do Brasil em tempos atuais.

As filmagens, aliás, ocorrem na bela cidade de Goiás Velho, antiga capital do estado de Goiás, que fica a 144 quilômetros de Goiânia.

A série também pode ser vista como uma verdadeira intervenção artística e psicodélica.

Porém, sem deixar para trás discussões importantes sobre racismo, desigualdade social, homossexualidade, homofobia, relações familiares, conservadorismo e interesses financeiros e políticos.

Sem contar, claro, a coincidência de ser lançada justo neste momento de pandemia, afinal, tanto na série quanto na vida real, não se sabe o suficiente sobre o vírus que se espalha entre as pessoas, a máscara é uma das formas de se prevenir da doença, entre outras semelhanças e ironias. Uma observação importante é que a produção de Boca a Boca começou há dois anos, quando ninguém nem sonhava com coronavírus.

A produção

O trio protagonista é interpretado pelos atores Caio Horowicz (Alex), Iza Moreira (Fran) e Michel Joelsas (Chico), que fez o Fabinho no filme Que Horas Ela Volta?, filho dos patrões de Val, personagem de Regina Cazé.

Mas a série conta ainda com grandes nomes da dramaturgia brasileira como Denise Fraga, Bruno Garcia, Grace Passô, Bianca Byington, Flávio Tolezani e o incrível Thomas Aquino, o Pacote, de Bacurau, um dos filmes mais comentados no Brasil nos últimos anos.

Aliás, é ele que aparece nas cenas mais quentes da série e que fez subir a classificação indicativa da produção para +18, por conta de suas cenas de nudez junto com outro personagem.

O criador e diretor de Boca a Boca, Esmir Filho, em entrevista ao Cinepop, recomendou a série para os fãs de outras duas produções da Netflix, Sex Education e Dark, e já demonstrou interesse em dar continuidade à história, inclusive para revelar alguns segredos que ficaram no ar nesta primeira temporada.

No total, Boca a Boca conta com seis episódios de aproximadamente 40 minutos e, segundo Esmir, só corre o risco de ser renovada para uma nova leva de episódios se for bem em audiência: “o que funciona na Netflix é que quanto mais gente ver, mais temos chance de ter uma segunda temporada. Vontade pra gente não falta!”, afirmou.

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