Cientistas alemães estão propondo um estudo que pode salvar a indústria musical da crise do Coronavírus, e recrutaram 4 mil voluntários para ir a um show do cantor Tim Bendzko de modo a tornar a pesquisa possível.
Como conta o The Guardian, a apresentação que ocorrerá em Leipzig no dia 22 de Agosto será parte de um experimento científico. Por isso, os presentes irão receber um dispositivo para usar em seus pescoços que promete coletar dados de seus movimentos e ações durante a performance.
Além disso, será utilizado álcool gel fluorescente para que os pesquisadores possam entender como os fãs de música interagem com as superfícies da casa de shows. Eles usarão luzes ultravioleta para coletar os dados depois que o show acabar.
Os voluntários terão de colher uma amostra para fazer o teste da COVID-19 dois dias antes do evento; eles ainda receberão kits de testes para serem feitos após a realização deste. A proteção será por meio de uma máscara facial mais segura, com válvula.
A ideia é simples: encontrar uma forma do novo normal coexistir com o velho normal para que os organizadores de eventos possam manter a indústria do entretenimento funcionando enquanto não se obtém uma vacina produzida em massa. Além disso, um dos objetivos é entender como as pessoas contaminadas podem acabar espalhando o vírus em ambientes como os de shows.
Os resultados estão previstos para Outubro, ou seja, bem provavelmente antes de uma vacina ou cura definitiva para a doença. Será que vai dar certo?
Coronavírus e Shows
Vale lembrar que, mesmo antes da publicação dessa pesquisa, alguns países já têm realizado shows em locais fechados e/ou pretendem retomá-los em breve.
Na Suíça, por exemplo, o Destruction tocou para uma plateia reduzida que pôde respeitar o distanciamento social, enquanto o Arcturus se apresentou na Noruega para um público sentado. Saiba mais sobre ambos os shows por aqui.
Já na Inglaterra, a previsão é de retomar os eventos em locais fechados já em Agosto, o que deixa muitos inseguros já que o país é um dos mais afetados na Europa até agora.
A ideia da pesquisa alemã, aliás, também beneficia aqueles países que já realizam os eventos. Com os resultados, é possível que eles encontrem uma forma de colocar mais pessoas nas casas de shows de forma a não haver prejuízo e trazer uma experiência mais próxima ao “velho normal”.
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